Conteúdos mobile | AppsFlyer https://www.appsflyer.com/pt/resources/ Attribution Data You Can Trust Tue, 02 Apr 2024 14:06:13 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.3 https://www.appsflyer.com/wp-content/uploads/2020/07/favicon.svg Conteúdos mobile | AppsFlyer https://www.appsflyer.com/pt/resources/ 32 32 Performance Index da AppsFlyer: edição regional de 2024 https://www.appsflyer.com/pt/resources/reports/country-performance-index/ Mon, 01 Apr 2024 20:59:26 +0000 https://www.appsflyer.com/resources//performance-index-da-appsflyer-edicao-regional-de-2024/

Um aplicativo médio realiza campanhas em pelo menos 14 mercados diferentes. No entanto, decidir quanto em quais países você deve investir é fundamental para garantir o crescimento do seu negócio. O Performance Index da AppsFlyer – edição regional é o primeiro ranking que se baseia em dados específicos de cada país para responder justamente isso. […]

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Um aplicativo médio realiza campanhas em pelo menos 14 mercados diferentes. No entanto, decidir quanto em quais países você deve investir é fundamental para garantir o crescimento do seu negócio.

O Performance Index da AppsFlyer – edição regional é o primeiro ranking que se baseia em dados específicos de cada país para responder justamente isso.

Analisamos 19 bilhões de instalações de mais de 30.000 aplicativos, considerando 9 métricas que abrangem o alcance do mercado, valor dos usuários, custo de mídia, gastos com publicidade e, principalmente, o potencial de penetração de marketing, trazendo insights exclusivos de descoberta de novos mercados.

Conteúdo

  • 83 mercados com alta e baixa performance classificados para 14 gêneros de jogos e 16 outras categorias – para Android e iOS
  • Rankings para campanhas de aquisição de usuários e remarketing
  • Oportunidades de crescimento exclusivas e análise comparativa da performance de campanhas em diferentes países

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App marketers speak 2024 https://www.appsflyer.com/pt/resources/reports/app-marketers-speak-2024/ Mon, 18 Mar 2024 15:09:09 +0000 https:////www.appsflyer.com//?post_type=resource&p=419219

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Relatório de desinstalação de aplicativos – edição de 2024 https://www.appsflyer.com/pt/resources/reports/app-uninstall-benchmarks/ Wed, 31 Jan 2024 13:44:09 +0000 https://www.appsflyer.com/resources//relatorio-de-desinstalacao-de-aplicativos-edicao-de-2024/ App uninstall report 2024

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App uninstall report 2024

Em um ecossistema de aplicativos extremamente competitivo, a retenção de usuários se torna cada vez mais desafiadora. Com uma concorrência acirrada e um aumento nas expectativas dos usuários, aplicativos que não entregam o que prometem correm o risco de serem desinstalados. 

O ato de desinstalar um aplicativo é uma indicação clara de que algo está errado. Por isso, é crucial entender por que, quando e quais usuários desinstalam um app. Isso é especialmente importante para aplicativos freemium, um modelo no qual o uso contínuo é essencial para a monetização.

Diante dessa dura realidade, cada vez mais aplicativos estão reconhecendo os fatores que contribuem para a desinstalação, incluindo: 

1) A grande quantidade de aplicativos disponíveis

2) A disparidade entre as promessas da campanha e a experiência real do usuário

3) A natureza impulsiva das instalações, particularmente em jogos, levando a desinstalações extremamente rápidas

4) Capacidade limitada de armazenamento dos dispositivos

5) Aumento na preocupação dos usuários com a privacidade dos dados

As tendências e benchmarks do ecossistema apresentados nesse relatório podem ajudar os profissionais de marketing mobile que buscam mensurar e otimizar essa métrica, além de conscientizar aqueles que não o fazem.

Tendências de desinstalação: categoria, localização geográfica, tipo

Desinstalação teve melhora de 10% em 2023, mas continua elevada

As desinstalações são uma realidade na vida de qualquer app. Mas qual é o real tamanho desse problema? De acordo com nossos dados (veja a amostra de dados no final desse blog post), mais de 1 a cada 2 aplicativos instalados são desinstalados dentro de 30 dias após o download. 

A tolerância dos usuários com aplicativos que não atendem às suas expectativas é extremamente baixa, especialmente considerando as inúmeras alternativas disponíveis nas lojas de aplicativos. Embora as desinstalações continuem sendo um problema significativo, esse é o segundo ano em que observamos uma melhora (em 2023, houve uma melhora de 10% em relação ao ano anterior e, em 2022, de 8% em relação ao ano anterior). Essa é uma tendência positiva por si só.

Os profissionais de marketing, especialmente na vertical de jogos, realizaram campanhas agressivas de aquisição de usuários para aproveitar o aumento do tempo de tela, conforme os smartphones se enraizaram na sociedade moderna. Assim, se a atividade de instalação é alta e os usuários estão mais inclinados a experimentar novos aplicativos, as desinstalações também aumentam.

Apps de namoro e jogos sofrem mais, mas nenhuma vertical está imune

Os aplicativos de namoro sofrem com as maiores taxas de desinstalação, seguidos pelos aplicativos de jogos e de entretenimento. 

O fato de que quase 1 a cada 2 aplicativos de jogos são desinstalados dentro de 30 dias é o resultado da natureza exploratória dessa vertical, na qual os usuários estão constantemente experimentando novos apps. Se um jogo não gera uma primeira impressão memorável, ele geralmente é desinstalado em um piscar de olhos.

Quando o espaço de armazenamento é um problema, é muito mais provável que os usuários desinstalem um jogo, no lugar de excluir outros dados. Em contraste, o branding faz toda a diferença para apps de compras, delivery e apps relacionados a estilos de vida. As empresas dessa categoria costumam ser reconhecidas pelos usuários fora do aplicativo, o que fortalece ainda mais sua conexão. 

Por outro lado, a alta taxa de desinstalação de aplicativos de namoro após 30 dias de uso pode ser explicada por uma falta de paciência dos usuários ou pelo fato de que as pessoas estão começando a voltar aos seus velhos hábitos – ou seja, às interações cara a cara.

Diferença orgânica/não orgânica nos jogos é de apenas 14%

Os usuários orgânicos têm uma intenção maior do que os usuários não-orgânicos e, portanto, não surpreende que sua taxa de desinstalação seja bem menor – a média entre as verticais mostra uma diferença de 24%.

Há uma clara diferença entre aplicativos de namoro e outras categorias: as instalações não orgânicas resultam em uma taxa de desinstalação de 69% no dia 30. Isso pode ser explicado não apenas pela grande quantidade de aplicativos de namoro, mas também pela falta de paciência dos usuários com a experiência proposta.

Apesar dos aplicativos de jogos ficarem em 2º lugar, a disparidade entre as taxas de desinstalação orgânica e não orgânica no dia 30 é menor em comparação com a de outras verticais. Em jogos, essa diferença é de apenas 14%, enquanto em outros aplicativos, ela fica em torno de 25%.

Isso pode ser atribuído à natureza exploratória comumente associada aos jogos. Os usuários geralmente experimentam novos jogos diretamente na loja de aplicativos, resultando em uma diferença menor entre as taxas de desinstalação orgânica e não orgânica nessa categoria.

Desinstalação em países emergentes é 20% maior do que em países desenvolvidos

Quando olhamos para o mapa, vemos uma clara diferença entre os mercados emergentes e desenvolvidos. As desinstalações são particularmente prejudiciais para mercados emergentes, sendo que as taxas mais altas ocorrem no Nepal, Bangladesh e Paquistão.

No geral, a taxa de desinstalação entre países emergentes foi de 18% (Peru) a 30% (Paquistão) maior do que a média de desinstalação de 51% nos países desenvolvidos (EUA, Reino Unido, Japão, Coréia, França e Alemanha). No geral, a diferença média foi de 20%.

Dito isto, os países desenvolvidos também não são imunes às desinstalações. Essa diferença se explica principalmente por conta da predominância do iOS e pelo fato de que os usuários desses países usam dispositivos com alta capacidade de armazenamento.

Cuidado com o dia 1

Para identificar exatamente quando os usuários desistem de usar seu app e planejar a otimização de forma mais estratégica, os profissionais de marketing também devem estar cientes das suas taxas ao longo do tempo.

Os dados mostram que o primeiro dia é quando a maioria dos usuários desinstalam um app, provavelmente como resultado de expectativas não atendidas ou falsas promessas. 

Claramente, criar uma experiência de onboarding excepcional, usando deep linking e oferecendo tutoriais bem elaborados, é fundamental.

Embora todas as verticais apresentem uma tendência semelhante nos primeiros 30 dias, os aplicativos de finanças se destacam desde o início, com taxas 23% mais altas no dia 1 em comparação com a média de outras verticais.

Benchmarks de desinstalação: média, top 25% e top 10%

Taxas de desinstalação de jogos no Android, por país/categoria (agosto – novembro 2023) *

Baixe a tabela completa:

Taxas de desinstalação de outras verticais no Android, por país/categoria (agosto – novembro 2023) *

Baixe a tabela completa:

Principais conclusões

Mensure

É fundamental que os aplicativos mensurem suas taxas de desinstalação para entender todos os detalhes por trás delas. A implementação da atribuição de desinstalação é uma etapa rápida e fácil para minimizar esse desafio.

Primeiras impressões são tudo

Como a taxa de desinstalação é mais alta no primeiro dia de uso, é importante que você domine o processo de onboarding. Para reduzir as desinstalações no primeiro dia e na primeira semana, ofereça uma boa experiência de onboarding para gerar uma conexão duradoura com seus usuários.

Cumpra com suas promessas

Fazer muitas promessas na tentativa de obter um download é uma estratégia que pode gerar um efeito negativo, levando à frustração e danificando sua marca de forma irreparável.

Promova seu aplicativo antes do download

Use anúncios em vídeo, anúncios interativos (quando relevante) e tenha uma página da loja de aplicativos bem descritiva, incluindo vídeos e imagens. Quanto mais os usuários entenderem como o seu aplicativo funciona, menor é a probabilidade de desinstalação.

Mantenha seu aplicativo em primeiro plano

Para evitar desinstalações, incentive o engajamento contínuo desde o início. Use todos os canais disponíveis – push, e-mail, retargeting, redes sociais – para manter seu aplicativo sempre em primeiro plano. Ofereça a melhor experiência para os seus usuários: não exagere em sua interação, planeje cuidadosamente suas estratégias de reengajamento e certifique-se de usar o deep linking para oferecer uma jornada fácil e rápida.

Ouça o feedback dos usuários

Faça parte de todas as conversas sobre seu aplicativo nas redes sociais, lojas de aplicativos (por meio das avaliações) e comunidades. Responda aos comentários negativos entrando em contato pessoalmente com usuários insatisfeitos e resolvendo rapidamente seus problemas.

Proteja a privacidade e a segurança dos seus clientes

A mensuração de desinstalação permite que os profissionais de marketing apliquem medidas de privacidade, excluindo os usuários que desinstalaram o app da sua estratégia de segmentação.

Defina KPIs

Entenda a relação entre o comportamento dos usuários e a performance do app, mensurando eventos in-app e acompanhando seu progresso ao longo do funil. Identifique em que ponto um usuário ativo se torna inativo para que você possa incentivá-lo a continuar usando seu app, oferecendo uma promoção especial, desconto, etc. Se você observar uma queda após um determinado estágio do funil, provavelmente precisará fazer uma alteração no próprio app.

Crie um aplicativo fantástico

Embora isso soe como um conselho mais útil para gerentes de produto, e não para profissionais de marketing, a melhor maneira de reduzir a taxa de desinstalação é lançar um app realmente impressionante. Independentemente dos seus esforços de marketing, se o seu aplicativo não cumpre com todas as suas promessas, nada impedirá que um usuário clique em “desinstalar o app”.

Amostra de dados:

4 bilhões de instalações de aplicativos com atribuição de desinstalação, de janeiro de 2022 a dezembro de 2023 (dados inclusivos)

5.000 aplicativos que mensuram desinstalações e tiveram pelo menos 3.000 instalações não orgânicas por mês

* A taxa de desinstalação foi calculada dividindo o número de desinstalações dentro de 30 dias após o download de um aplicativo pelo total de instalações do mesmo app.            

Todos os resultados se baseiam em dados totalmente anônimos e agregados. Para garantir a validade estatística, seguimos rigorosos limites de volume e metodologias.

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Performance Index da AppsFlyer: 16ª edição https://www.appsflyer.com/pt/resources/reports/performance-index/ Tue, 14 Nov 2023 23:52:00 +0000 https://www.appsflyer.com/resources//performance-index-da-appsflyer-16a-edicao/ Performance Index 16

Sabemos que a recessão econômica levou a uma redução significativa dos orçamentos de marketing de aplicativos em 2023. Mas isso gerou alguma mudança no ecossistema de mídias? Se sim, de que maneira? Considerando o clima de incerteza econômica, fazer as escolhas certas na distribuição de orçamento para canais de mídia se tornou mais importante do […]

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Performance Index 16

Sabemos que a recessão econômica levou a uma redução significativa dos orçamentos de marketing de aplicativos em 2023. Mas isso gerou alguma mudança no ecossistema de mídias? Se sim, de que maneira?

Considerando o clima de incerteza econômica, fazer as escolhas certas na distribuição de orçamento para canais de mídia se tornou mais importante do que nunca. Principalmente no iOS, onde encontramos audiências de alta qualidade, mas enfrentamos uma realidade de mensuração fragmentada.

Na 16ª edição do Performance Index da AppsFlyer, que classifica os melhores canais de mídia para anúncios mobile desde 2015, analisamos 11,5 bilhões de instalações para fornecer um ranking completo do ecossistema de mídias mobile.    

Conteúdo:

  • Novidade! Índice SSOT do iOS: classificamos as mídias no iOS com base em nossa solução de Single Source of Truth, solucionando as complexidades dessa nova realidade de mensuração 
  • Índices de retenção e remarketing para Android, nos quais avaliamos 157 variações de categorias e regiões. 
  • Classificações de performance e volume para Google, Meta, Apple, TikTok, Unity, ironSource e 70 outros grandes canais de mídia mobile

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Modelagem preditiva para profissionais de marketing de aplicativos: o guia completo https://www.appsflyer.com/pt/resources/guides/predictive-modeling-for-mobile-marketers/ Mon, 04 Sep 2023 22:22:06 +0000 https://www.appsflyer.com/resources//modelagem-preditiva-para-profissionais-de-marketing-de-aplicativos-o-guia-completo/ Predictive modeling best practices

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Predictive modeling best practices
Introdução

Conheça um novo mindset de marketing: mais rápido e alimentado por dados

Atualmente, os consumidores têm mais opções do que nunca. Com muita facilidade, eles navegam rapidamente para acessar o que querem, sempre que querem. Com a pandemia e uma demanda crescente por serviços e entretenimento digital, a concorrência no ecossistema de aplicativos se tornou mais acirrada do que nunca. 

Ficar um passo à frente das mudanças é a única maneira de permanecer competitivo. A modelagem preditiva nos permite fazer exatamente isso, ajudando os profissionais de marketing a entender os comportamentos e tendências do consumidor através da previsão de ações futuras e do planejamento de campanhas de acordo com decisões baseadas em dados. 

A ciência da análise preditiva existe há anos e é usada pelas maiores empresas do mundo para aperfeiçoar suas operações, antecipar alterações na oferta e demanda, prever mudanças globais e usar históricos de dados para se preparar melhor para eventos futuros. 

Mas afinal, o que é esse híbrido de ciência de dados e marketing? 

A modelagem preditiva é uma forma de análise que usa machine learning e IA para avaliar histórico de dados de campanhas, dados de comportamento dos usuários e dados transacionais adicionais para prever ações futuras. 

Usando a modelagem preditiva, os profissionais de marketing podem tomar decisões rápidas para otimizar campanhas, sem ter que esperar pelos resultados reais. Por exemplo, um algoritmo de machine learning pode descobrir que os usuários que concluíram o nível 10 de um jogo nas primeiras 24 horas tinham 80% mais chances de fazer uma compra no aplicativo na primeira semana. 

Sabendo disso, os profissionais de marketing podem fazer uma otimização quando o evento é concluído dentro 24 horas, bem antes da primeira semana. Se a campanha não tivesse uma boa performance, o investimento contínuo seria um total desperdício de orçamento. Mas se ela gerar bons resultados, dobrar rapidamente o investimento pode gerar resultados ainda melhores. 

E a privacidade?

Qual é o impacto da privacidade sobre a modelagem preditiva, agora que o acesso a dados no nível do usuário é limitado? 

Sabemos que os usuários mobile se tornaram cada vez mais sofisticados e experientes nos últimos anos. Com a privacidade (ou a falta dela) ocupando o centro das atenções, o usuário médio não tem mais pressa em fornecer seus dados para usar um aplicativo ou mesmo para desfrutar de uma experiência mais personalizada. 

Mas será que os anunciantes realmente ficaram no escuro quando se trata do acesso a dados de qualidade?

Não necessariamente. Ao combinar a modelagem preditiva, SKAdNetwork, dados agregados e análise de cohort, os profissionais de marketing podem tomar decisões bem-informadas mesmo em uma realidade de acesso limitado ao IDFA

Mas por onde devemos começar? Uma coisa é mensurar eventos, monitorar a performance e fazer otimizações. Outra coisa é analisar uma grande quantidade de dados, além de desenvolver e aplicar modelos preditivos que permitirão que você tome decisões ágeis e precisas baseadas em dados. 

Bem, não tenha medo. Estamos aqui para te ajudar. 

Neste guia prático – uma colaboração entre a AppsFlyer, a AppAgent (agência de marketing digital) e a Incipia – vamos falar sobre como os profissionais de marketing podem melhorar ainda mais suas habilidades de dados e conquistar a tão cobiçada vantagem competitiva usando a modelagem preditiva. 

Conceitos básicos da modelagem preditiva
Capítulo 1

Modelagem preditiva: conceitos básicos e configuração de mensuração

Em primeiro lugar, por que devemos criar modelos preditivos?

Existem inúmeras vantagens da modelagem preditiva para o marketing mobile. Vamos falar sobre suas vantagens para duas atividades principais:

1. Aquisição de usuários

Conhecer o comportamento típico do usuário e os marcos iniciais que separam usuários com alto potencial dos usuários com baixo potencial pode ser útil tanto para a aquisição como para o reengajamento

Por exemplo, se você sabe que um usuário precisa gerar X até o 3º dia de uso para que você tenha lucro no 30º dia, e esse número está abaixo do seu benchmark — então você sabe que precisará ajustar seus lances, criativos ou sua segmentação para melhorar o custo/qualidade dos seus usuários adquiridos, ou para melhorar suas estratégias de monetização

Se, no entanto, esse X ultrapassar seu benchmark, você terá confiança para aumentar orçamentos e lances e extrair ainda mais valor dos seus usuários adquiridos.

2. Publicidade centrada na privacidade

Durante anos, a maior vantagem da publicidade online com relação à publicidade tradicional é a capacidade de usar quantidades significativas de dados de performance mensuráveis ​​para identificar o público-alvo desejado. 

Quanto mais específicas forem suas campanhas, maior é a probabilidade de impulsionar um LTV de usuário mais alto e ter um orçamento eficiente. Mas e se você pudesse ter acesso a um grupo de amostra maior e receber um insight imediato sobre seu potencial valor?

A modelagem preditiva permite que você faça exatamente isso; expandir o público potencial da sua campanha. Ao criar diferentes clusters de características comportamentais, seu público pode ser segmentado não por sua identidade, mas pela interação com sua campanha em seus estágios iniciais.

O que devo mensurar?

Para entender o que você precisa mensurar para acertar em suas previsões, vamos avaliar quais pontos de dados podem ou não ser úteis:

Métricas

Todas as métricas são pontos de dados, mas nem todas as métricas são key performance indicators (KPIs). As métricas são mais fáceis de calcular e amadurecem muito mais rápido do que os KPIs, que tendem a envolver fórmulas complexas.

É importante ressaltar que, com a SKAdNetwork, as métricas abaixo ainda podem ser mensuradas, mas com um nível menor de precisão. Mais detalhes no capítulo 5.

1) As métricas legadas geralmente são consideradas de baixa confiança para a previsão de lucro, mas podem ser acessadas com mais rapidez: 

  • Click to install (CTI) – a conversão direta entre os dois touchpoints mais fortes na jornada pré-instalação do usuário, o CTI é fundamental tanto do ponto de vista social como técnico, pois taxas mais baixas podem indicar uma audiência não relevante, criativos ineficazes ou um tempo de carregamento lento antes da instalação ser concluída.

Fórmula: número de instalações / número de cliques em anúncios

  • Taxa de cliques (CTR) – a relação entre um clique em um determinado anúncio e o número total de visualizações. Mais no topo do funil, o CTR tem um valor limitado, informando outras metas gerais de marketing. No entanto, ele também pode refletir diretamente a eficácia do criativo de uma campanha com base nos cliques recebidos.

Fórmula: número de cliques / número de visualizações de anúncios

Pontos de dados necessários: impressões, cliques, instalações atribuídas

2) As métricas de indicadores iniciais geralmente são consideradas de média confiança para a previsão de lucro, e também podem ser acessadas rapidamente.
Como há um foco maior no fundo do funil atualmente, uma instalação não é mais um KPI suficiente. Dito isso, as métricas a seguir, embora não sejam úteis para a previsão de lucro, ainda são úteis como indicadores iniciais que informam os profissionais de marketing sobre a probabilidade de suas campanhas gerarem lucro.

Alguns exemplos incluem:

  • Custo por instalação (CPI) – Com foco em instalações pagas em vez de orgânicas, o CPI mensura seus custos de UA em resposta à visualização de um anúncio.

Fórmula: gastos com anúncios / total de instalações diretamente vinculadas à campanha publicitária

  • Taxa de retenção – é a quantidade de usuários que retornam ao app após um determinado período de tempo. 

Cálculo: [(CE – CN) / CS)] x 100

CE = número de usuários no final do período

CN = número de novos usuários adquiridos durante o período

CS = número de usuários no início do período

Pontos de dados necessários: custo, instalações atribuídas, aberturas de aplicativos (relatório de retenção)

Com exceção da taxa de retenção, as métricas tendem a estar vinculadas a um modelo de marketing e não ao seu modelo de negócios e, como tal, não são úteis para determinar se os usuários adquiridos gerarão lucro para sua empresa.

Se você pagar US$ 100 por clique ou por instalação, é provável que você não tenha lucro. Se o seu CTR for de 0,05%, é provável que a mecânica do leilão te force a pagar uma taxa alta por instalação, fazendo com que você tenha uma margem menor para obter lucro. 

As métricas não são tão úteis para realizar previsões quando ajustamos nossos valores de confiança para ter uma precisão melhor, por exemplo, quando a linha de lucratividade está dentro de um intervalo de CPI de US$ 2 a US$ 6.

KPIs

É importante separar os KPIs comuns em dois grupos:

1) Preditores confiáveis ​​de KPI de nível 2 – definidos por um nível de confiança médio-alto na previsão de lucro, e disponibilidade lenta: 

Eles são úteis para servir como benchmarks iniciais de lucro, oferecendo um nível de confiança maior do que os indicadores principais (métricas). Os KPIs de nível 2 levam mais tempo para amadurecer e também oferecem menos confiança do que os KPIs de nível 1.

*Observe que, com a SKAdNetwork, os seguintes KPIs não podem ser mensurados juntos.

  • Custo de aquisição do cliente, por usuário pagante
  • Custo ou conversão de ações-chave – por exemplo, quantidade de partidas jogadas no primeiro dia de uso ou quantidade de visualizações de conteúdo durante a primeira sessão
  • Custo baseado em tempo, ou conversão em ações-chave (por exemplo, custo por quantidade de partidas de jogos no primeiro dia ou custo por visualização de conteúdo durante a primeira sessão)
  • Custo por dia para usuários retidos: Gasto total por dia x usuários retidos naquele dia. 
  • Eventos in-app específicos de cada vertical – por exemplo, conclusão do tutorial, conclusão do nível 5 no dia 1 (jogos), número de páginas de produtos visualizadas na 1ª sessão, número de sessões em 24 horas (compras), etc.

Pontos de dados necessários: custo, instalações atribuídas, aberturas do aplicativo (relatório de retenção), eventos in-app configurados e mensurados, dados da sessão (carimbos de data/hora, recursos usados, ​​etc.)

Para a maioria dos modelos de negócios, esses KPIs não podem servir como indicadores confiáveis ​​porque, embora levem em conta custos e eventos comumente correlacionados com lucro, eles perdem a monetização completa dentro da equação do lucro, visto que as aberturas de aplicativos nem sempre equivalem a uma compra in-app, e os usuários pagantes podem comprar mais de uma vez.

2) Indicadores confiáveis de KPI de nível 1receita inicial e consequente ROAS como indicação de sucesso de longo prazo – são marcados como KPIs de alta confiança na previsão de lucro, mas com a disponibilidade mais reduzida: 

Os KPIs de nível 1 levam mais tempo para amadurecer completamente ou necessitam de processos complexos para serem determinados. No entanto, eles se ligam diretamente ao seu modelo de negócios e, como tal, são perfeitamente adequados para prever a lucratividade das suas campanhas de marketing. 

  • Retorno sobre o gasto com anúncios (ROAS) – é o dinheiro gasto com marketing dividido pela receita gerada pelos usuários em determinado período de tempo.

Lifetime Value (LTV) – é a quantidade de receita que os usuários geraram para seu aplicativo até o momento.

Fórmula: Valor médio de uma conversão x média de conversões em um período de tempo x vida útil média do cliente

Pontos de dados necessários: custo, instalações atribuídas, aberturas do app, mensuração detalhada da receita (IAP, IAA, assinatura, etc.)

Embora o ROAS seja mais fácil de calcular, são necessárias semanas ou até meses para que os usuários continuem gerando curvas de receita. Junto da receita média por usuário, o LTV é uma métrica fundamental para determinar a receita total ou a qualidade do seu aplicativo.

Para finalizar, veja onde cada abordagem se situa no gráfico a seguir (confiança x disponibilidade):

Modelagem preditiva: gráfico de abordagem
Modelos preditivos baseados em LTV
Capítulo 2

Prós e contras de diferentes modelos preditivos baseados em LTV: insights de grandes profissionais de marketing

Criar um modelo de LTV para prever o ROAS pode ser um processo bastante complicado, considerando sua alta complexidade e os diversos conceitos de previsão existentes. 

Existem algumas diferenças óbvias na forma como diferentes tipos de aplicativos retêm e monetizam os usuários; por exemplo, pense em como jogos que oferecem compras in-app, apps de assinatura e apps de eCommerce são distintos entre si. 

Assim, é claro que não existe um único modelo de LTV ideal para todos. 

Para entender melhor essas complexidades, conversamos com vários especialistas de empresas de jogos e não-jogos, incluindo Hutch Games, Wargaming, Pixel Federation, Wolt e outros. 

Entre os tópicos que abordamos, esses foram os principais: 

  1. Quais são os modelos de LTV mais usados? 
  2. Como seu modelo de LTV evolui com o tempo?
  3. Quem na empresa é responsável por lidar com a modelagem preditiva?
  4. Qual é a sua principal métrica para aquisição de usuários?
  5. Qual é a sua posição sobre automação de UA e tendências futuras?

Modelos de LTV

Com base em nossas entrevistas, percebemos que há três linhas de raciocínio para previsões de LTV:

1) Modelo de retenção / ARPDAU

  • Conceito: Faça o modelo de uma curva de retenção com base em alguns pontos de dados de retenção iniciais. Depois, calcule o número médio de dias ativos por usuário (para o dia 90, 180, etc.) e multiplique por uma receita média por usuário ativo diário (ARPDAU) para gerar uma previsão de LTV.
    • Exemplo: A retenção D1 / D3 / D7 é de 50% / 35% / 25%. Depois de ajustar esses pontos de dados em uma curva de potência e calcular sua integral até o D90, descobrimos que o número médio de dias ativos é 5. Sabendo que o ARPDAU é de US$ 0,40, a previsão de LTV para o dia 90 seria igual a US$ 2.
  • Ideal para: Aplicativos com alta retenção (jogos como MMX Racing). Fácil de configurar, pode ser útil principalmente se não houver dados suficientes para outros modelos.
  • Inadequado para: Aplicativos com baixa retenção (por exemplo, apps de eCommerce) que não possuem uma quantidade suficiente de pontos de dados de retenção para sustentar esse modelo.

2) Proporção

  • Conceito: Calcule um coeficiente (D90 LTV / D3 LTV) a partir do histórico de dados, depois para cada cohort e, por último, aplique esse coeficiente para multiplicar o LTV real do D3 para obter uma previsão do LTV em D90.
  • Exemplo: Após os 3 primeiros dias, o ARPU do nosso cohort é de 20 centavos. Usando o histórico de dados, sabemos que D90/D3 = 3. Assim, a previsão do LTV para o D90 seria de 60 centavos (ARPU de 20 centavos x 3). 
  • Caso não haja um histórico de dados o suficiente para calcular uma proporção confiável (por exemplo, quando temos apenas 50 dias de dados e queremos uma previsão de LTV em D180, ou temos poucas amostras de LTV em D180), uma estimativa inicial pode ser feita usando os pontos de dados existentes e, em seguida, refinada continuamente conforme recebemos mais dados. 

Mas, nesses casos, é necessário ter cautela com essas estimativas.

  • Ideal para: Tipos de aplicativos “padrão”, incluindo muitos gêneros de jogos ou aplicativos de eCommerce. 
  • Inadequado para: Aplicativos de assinatura que oferecem um teste gratuito de mais de 1 semana. Muito tempo pode passar antes que uma compra ocorra e, como esse método se baseia em compras, é impossível fazer uma previsão.

3) Previsões baseadas no comportamento

  • Conceito: Nesse modelo, coletamos uma quantidade significativa de dados de usuários que permitem essa coleta (dados de sessão, engajamento, compras, mensagens in-app, etc.) e os processamos usando regressões e machine learning para definir quais ações ou combinações de ações são os melhores “indicadores” do valor de um novo usuário.  

Então, um algoritmo atribui um valor para cada novo usuário com base em uma combinação de características (como plataforma ou canal de UA) e ações realizadas (geralmente durante sessões ou dias de uso iniciais).

É importante lembrar que, desde o lançamento das novas restrições de privacidade da Apple com o iOS 14, não é mais possível realizar previsões em nível do usuário. Dito isto, ainda conseguimos realizar previsões agregadas.

  • Exemplo: O usuário A teve 7 sessões longas no dia 0 e 28 sessões no total até o dia 3. Ele também acessou a página de preços e ficou lá por mais de 60 segundos.

Sua probabilidade de fazer uma compra no futuro é de 65%, de acordo com a análise de regressão e com o algoritmo baseado em machine learning. Com um ARPPU de US$ 100, seu LTV previsto será de US$ 65.

  • Ideal para: Qualquer aplicativo com acesso a uma equipe experiente de ciência de dados, recursos de engenharia e muitos dados. Pode ser uma das poucas opções viáveis ​​em alguns casos (por exemplo, aplicativos de assinatura com um longo período de teste gratuito).
  • Inadequado para: Pode ser um modelo excessivo para muitos aplicativos pequenos e médios. Na maioria das vezes, abordagens bem mais simples podem produzir resultados semelhantes, além de serem muito mais fáceis de manter e de serem compreendidas pelo resto da equipe.

Escolhendo o modelo certo para diferentes tipos de aplicativos

Cada aplicativo e cada equipe tem sua própria combinação de parâmetros e considerações que devem entrar no processo de escolha: 

  • Do lado do produto, tudo depende da combinação do tipo e da categoria do app, seu modelo de monetização, o comportamento de compra do usuário e os dados disponíveis para uso (assim como sua variação). 
  • Do lado da equipe, tudo depende da sua capacidade, competência de engenharia, o conhecimento e o tempo de trabalho disponível.

Agora, vamos falar sobre vários exemplos simplificados desse processo. 

Eles se baseiam em casos reais de três tipos de apps: um jogo gratuito (F2P), um app de assinatura e um app de eCommerce. 

jogo F2P vs. app de assinatura vs. app de eCommerce

Aplicativos de assinatura

Vamos explorar dois casos de aplicativos de assinatura, cada um com um tipo diferente de paywall — um com hard gate e outro com um teste gratuito por tempo limitado:

1. Hard paywall: A assinatura paga normalmente comçea durante o dia 0 (por exemplo, 8fit).
Isto é ótimo – significa que teremos uma indicação muito precisa do número total de assinantes logo após o primeiro dia de uso do app (por exemplo vamos supor que 80% de todos os usuários assinarão seu app em D0, e os outros 20% o assinarão no futuro). 

Assumindo que já sabemos quais são nossas taxas de churn e, consequentemente, nosso ARPPU, poderíamos facilmente prever o LTV dos cohorts apenas fazendo a seguinte multiplicação: (usuários pagantes) x (ARPPU para um determinado segmento de usuário) x (1,25 como o coeficiente que representa a estimativa de 20% de usuários que realizarão um pagamento no futuro). 

2. Teste gratuito por tempo limitado: Nesse caso, uma porcentagem dos usuários será convertida em assinantes após o término do período teste (por exemplo, Headspace). O problema é que os gerentes de UA precisam esperar até que o teste termine para entender suas taxas de conversão

Esse atraso pode ser especialmente problemático durante testes de novos canais e países. Por isso, as previsões comportamentais podem ser bastante úteis nesse caso. 

Mesmo com uma quantidade moderada de dados e regressões simples, muitas vezes é possível identificar indicadores de previsão decentes. Por exemplo, podemos descobrir que os usuários que fazem o teste gratuito e têm pelo menos 3 sessões por dia durante os primeiros 3 dias após a instalação – converterão para assinaturas em 75% dos casos.

Embora ele esteja longe de ser perfeito, o indicador acima pode ser preciso o suficiente para futuras decisões de UA, além de fornecer uma boa capacidade de ação para a equipe de UA antes que mais dados sejam coletados e um modelo adequado seja testado. 

Tipos e designs de paywall podem ser bastante influenciados pela necessidade de avaliar rapidamente o tráfego. 

Saber se o usuário vai converter (ou não) o mais rápido possível é extremamente útil para entender a rentabilidade da campanha e conseguir reagir rapidamente. Vimos que isso se tornou um dos fatores decisivos para várias empresas na hora de determinar um tipo de paywall.

Jogos freemium 

Os jogos gratuitos (F2P) tendem a ter uma alta taxa de retenção e uma quantidade significativa de compras. 

1) Jogo casual (Diggy’s Adventure):
Um bom modelo para jogos que oferecem compras in-app é o “modelo de proporção”, que permite a previsão relativamente confiável da proporção LTV/dia após 3 dias, período no qual provavelmente já identificamos a maioria dos nossos usuários pagantes.

Para alguns jogos que geram receita por meio de anúncios, a abordagem baseada em retenção também pode ser uma boa escolha.

2) Jogo Hardcore (World of Tanks ou MMX Racing):
A distribuição de ARPPU dos usuários de jogos hardcore pode não ser tão precisa assim, considerando que os usuários que gastam mais – também conhecidos como “baleias” – podem gastar muito mais do que os outros usuários. 

O “modelo de proporção” ainda pode funcionar nesses casos, mas deve ser aprimorado para levar em consideração diferentes níveis de gastos para diferentes tipos de usuários. Aqui, uma variável de “tipo de usuário” atribuiria diferentes valores de LTV aos usuários com base em seu comportamento de gastos (ou seja, quanto gastaram, quantas compras fizeram, qual pacote inicial compraram, etc.).

Dependendo dos dados, uma previsão inicial pode ser feita após o dia 3, com outra avaliação um pouco mais tarde (dia 5 ou dia 7), depois que os níveis de gastos do usuário forem revelados.

Aplicativos de eCommerce

Os aplicativos de eCommerce geralmente têm padrões de retenção únicos, pois a abertura desse tipo de app costuma estar vinculado a uma intenção de compra existente, o que não acontece com muita frequência. 

Portanto, podemos concluir que usar o “modelo baseado em retenção” normalmente não é uma boa opção para esses aplicativos. Assim, vamos explorar dois casos de uso alternativos:

1) Revendedor de passagens aéreas

O tempo desde a instalação até a compra em apps de viagens é bastante significativo, em que meses podem se passar antes que uma compra seja feita. Considerando que as compras e a receita são distribuídas por um período de tempo mais longo, os modelos de “proporção” ou “retenção” não funcionarão na maioria dos casos. 

Portanto, devemos encontrar pistas comportamentais e descobrir possíveis indicadores logo na primeira sessão pós-instalação, pois essa costuma ser a única informação que temos à nossa disposição. 

Usando essas pistas, e considerando que temos dados suficientes, estimamos a probabilidade de um usuário comprar uma passagem e a multiplicamos por um ARPPU para uma combinação relevante de suas características (plataforma, país de origem, etc.)

2) Marketplace online

Os usuários tendem a fazer sua primeira compra logo após a instalação. Além disso, o primeiro item comprado geralmente leva um tempo considerável para ser enviado. Como resultado, os clientes tendem a esperar a conclusão do primeiro envio para avaliar o serviço, antes de se comprometerem com outra compra. 

Esperar tanto tempo pelos dados da “segunda compra” tornaria as previsões inutilizáveis e, consequentemente, limitaria quaisquer cálculos de dados iniciais. 

Dependendo de quando os usuários fazem seus pedidos (a maioria nos primeiros 5 dias), podemos usar o método de proporção (D90/D5) e multiplicar o resultado por outro coeficiente que contabilizaria as compras futuras. 

Do MVP aos modelos complexos

Todos os analistas de dados de grandes publishers com quem conversamos concordaram que é importante começar sua trajetória de previsões com um simples “produto mínimo viável” (MVP, do inglês minimum viable product). 

A ideia é verificar as suposições iniciais, aprender mais sobre os dados e construir gradualmente um modelo. Isso geralmente significa adicionar mais variáveis ​​à medida que você avança para criar modelos mais granulares e precisos (por exemplo fator k, sazonalidade e receita de anúncios, além da segmentação inicial por plataforma, país e canal de UA).

Complexidade não é sinônimo de “bom”. Os gerentes de UA podem ficar frustrados rapidamente quando seu acesso aos dados é bloqueado porque alguém está fazendo coisas complicadas demais.”

Anna Yukhtenko, analista de dados na @Hutch Games

Na realidade, descobrimos que as empresas tendem a preferir modelos conceitualmente simples. 

Essa foi uma descoberta um tanto surpreendente. Esperávamos que, assim que o produto tivesse sucesso, as equipes de dados colocariam o pé no acelerador e começariam a usar algoritmos de machine learning e IA para alcançar o que acreditávamos ser um padrão do setor. Nós estávamos errados. Ou pelo menos um pouco errados. 

Embora muitos vejam o valor de modelos sofisticados e os tenham testado no passado, a maioria acabou optando por modelos mais simples. Existem três grandes motivos para isso:

1. Custo/benefício de modelos avançados

A relação custo/benefício de criar e manter um modelo complexo simplesmente não vale a pena. Se um nível de confiança suficiente para as operações do dia a dia pode ser alcançado com modelos mais simples, por que se preocupar?

2. Tempo de engenharia para criar/manter esse tipo de modelo

Criar um modelo avançado pode consumir muitas horas de engenharia e ainda mais tempo para gerenciá-lo, o que é um grande problema para equipes menores. 

Muitas vezes, o departamento de BI tem muito pouca capacidade para dedicar à equipe de marketing, fazendo com que os profissionais de marketing enfrentem sozinhos uma batalha desigual contra estatísticas e engenharia de dados.

3. Mudanças contínuas

Cada versão do produto é diferente e monetizada de forma diferente (por exemplo, adicionar ou remover recursos pode gerar um grande impacto); a sazonalidade local e os efeitos sentidos em todo o mercado são bons exemplos. 

As alterações precisam ser feitas na hora, e introduzir alterações em um modelo complexo pode ser um processo lento e doloroso, que pode ser desastroso em um ambiente mobile em constante evolução, onde a compra de mídia nunca para. 

É bem mais fácil ajustar um modelo simples, um processo que às vezes pode ser feito pelos próprios profissionais de marketing.

Para um determinado subconjunto de aplicativos, um modelo baseado em comportamento pode ser o único modelo adequado. E. enquanto uma equipe experiente de engenharia e ciência de dados deve estar disponível para empresas grandes que conseguem fazer tal investimento, outras podem optar por adotar um produto pronto que oferece vantagens parecidas.

Outro conjunto de dados que está ganhando força são os modelos de LTV gerados por anúncios, que oferecem estimativas de receita de anúncios em nível de usuário. Para saber mais sobre esse assunto, veja o capítulo 4. 

Equipes e responsabilidades

No geral, fazer o design, a configuração e adaptação de um modelo preditivo de LTV deve ser a tarefa para uma equipe de ciência/análise de dados (desde que você tenha uma). 

Idealmente, há dois papéis em jogo aqui: um analista experiente com um conhecimento aprofundado de marketing que pode aconselhar sobre a estratégia e os níveis táticos, assim como decidir qual modelo deve ser usado e como. E um analista dedicado que lida com os cálculos e previsões de LTV no dia a dia.

O “analista do dia a dia” deve monitorar continuamente o modelo e ficar atento a quaisquer flutuações significativas. Por exemplo, se a previsão das receitas semanais não corresponde à realidade e não está dentro dos limites predefinidos, pode ser necessário ajustar o modelo imediatamente, sem esperar algumas semanas ou meses.

“Esse é um esforço de equipe. Criamos um tipo de sistema de alerta precoce onde nos reunimos uma vez por mês, analisamos todas as suposições que entram no modelo e verificamos se elas ainda são verdadeiras. Até agora, temos cerca de 12 suposições principais (por exemplo, valor de orgânicos incrementais, sazonalidade, etc.), que controlamos para garantir que estamos no caminho certo.”

Tim Mannveille, Director of Growth & Insighs da Hutch Games

Depois que os resultados da previsão são calculados, eles são automaticamente repassados ​​e usados ​​pela equipe de UA. Na maioria das vezes, os gerentes de UA confiam nesses resultados e relatam inconsistências. No entanto, é importante tentar dar um passo adiante, com o intuito de desafiar e avaliar melhor os modelos usados em um nível geral (não é necessário entender as complexidades por trás de um modelo e seus cálculos).

Profissionais de marketing entrevistados para nesse capítulo:

  • Fredrik Lucander da Wolt
  • Andrey Evsa da Wargaming
  • Matej Lancaric do Boombit (antigo Pixel Federation)
  • Anna Yukhtenko e Tim Mannveille da Hutch Games
Rentabilidade do marketing mobile no excel
Capítulo 3

Métodos para avaliar a rentabilidade do marketing mobile com o excel

Se você acha que dominou um nível avançado no excel usando tabelas dinâmicas, campos calculados, formatação condicional e pesquisas, pode se surpreender ao saber que desconhece um truque ainda mais poderoso dessa ferramenta. 

Além de tudo, esse truque pode ser usado para prever a rentabilidade das suas campanhas de marketing mobile! 

Esse capítulo pode ser usado como um miniguia para criar sua própria modelagem preditiva usando ferramentas do dia a dia.

Aviso legal: Lembre-se de que estamos falando de uma variação muito simplificada de um modelo preditivo. Para que sejam operados adequadamente em escala, algoritmos sofisticados de machine learning são necessários para levar em consideração vários elementos que podem afetar seus resultados drasticamente. Observar apenas um fator para prever seu valor (ou seja, sua receita) provavelmente resultará em uma baixa precisão.

ROAS de tendência linear x ROAS de 6 meses

Usando um gráfico de dispersão e um pouco de álgebra, você pode transformar uma equação de linha de tendência do excel em uma ferramenta poderosa para identificar antecipadamente o ponto em que suas campanhas de marketing provavelmente gerarão lucro. 

Esse método pode te ajudar a pular de um palpite para uma tomada de decisão baseada em dados, aumentando sua confiança nos relatórios semanais.

Prevendo qual semana de 0 ROAS prevê 100% de ROAS em 6 meses

Embora o LTV possa ser um ótimo indicador, o ROAS – principalmente na primeira semana de vida de um usuário – é uma métrica amplamente usada para mensurar o lucro. 

Mais especificamente, usaremos o ROAS da semana 0 (receita na primeira semana de aquisição de usuários/custo para adquirir esses usuários) como nosso indicador confiável, que é um método que compara cohorts equivalentes para avaliar a performance de um anúncio a cada semana . 

O ROAS da semana 0 nos permitirá prever se atingimos o ponto de equilíbrio em nossos gastos com anúncios, conquistando um ROAS de 100% após 6 meses.

Etapa 1

O primeiro passo é garantir que você tenha pontos de dados suficientes da semana 0 e de 6 meses. Embora tecnicamente você possa desenhar uma inclinação e fazer uma previsão para qualquer ponto nessa inclinação usando dois pontos de dados, usar um número tão pequeno de observações como base fará com que a sua previsão seja pouco confiável. 

O número ideal de observações depende de inúmeros fatores, como o nível de confiança desejado, correlações no conjunto de dados e restrições de tempo. Mas, como regra geral para previsões baseadas em ROAS da semana 0, você deve disparar para pelo menos 60 pares de observações de ROAS da semana 0 e de 6 meses. 

Também é fundamental incluir observações suficientes que atingiram a meta que você definiu. Se você tiver 60 pontos de dados para plotar, mas apenas 2 pontos em que o ROAS de 6 meses ultrapassou 100%, seu modelo de equação não será alimentado por uma compreensão suficiente de quais entradas são necessárias para atingir esse ponto de equilíbrio. 

Nesse caso, o seu modelo entende que o requisito para chegar a 100% de ROAS após 6 meses podem ser outros 2 pontos percentuais de ROAS total ou 5 pontos percentuais, uma faixa muito ampla que não é propícia à previsão.

Etapa 2

Depois de reunir observações suficientes, a segunda etapa é dividir seu conjunto de dados em dois grupos, um para treinamento e outro para previsão. 

Coloque a maior parte dos dados (~80%) no grupo de treinamento. Mais tarde, você usará o grupo de previsão para realmente testar a precisão do seu modelo para prever o ROAS de 6 meses, considerando o ROAS da semana 0.

ROAS semana 0 vs. 6 meses
Observe que essa imagem é apenas uma ilustração do funcionamento dessa estrutura de previsão e não segue a prática recomendada de 60 ou mais observações

Etapa 3:

A terceira etapa é usar um gráfico de dispersão para representar graficamente os dados, com o ROAS da semana 0 no eixo x e o ROAS de 6 meses no eixo y. 

Em seguida, adicione uma linha de tendência e adicione as configurações de equação e R-quadrado.

Modelagem preditiva: terceira etapa ROAS semana 0

Faça um gráfico dos dados de treinamento usando um gráfico de dispersão.

Modelagem preditiva: terceira etapa ROAS semana 0

Clique com o botão direito em um ponto de dados e adicione uma linha de tendência.

Modelagem preditiva: terceira etapa ROAS semana 0

Adicione a equação da linha de tendência e o R-quadrado.

Etapa 4:

Agora, usaremos a equação linear y = mx + b para resolver o valor x da equação (ROAS da semana 0) quando o valor y (ROAS de 6 meses) é 100%.

Assim, nossos cálculos serão parecidos com esses:

1. y = 9,2695x – 0,0936
2. 1 = 9,2695x – 0,0936
3. 1 + 0,0936 = 9,2695x
4. 1,0936 = 9,269x
5. x = 1.0936 / 9.269
6. x = 11,8%

Dessa forma, calculamos que, para prever o seu lucro em 6 meses, seu ROAS deve ser maior que 11,8% na primeira semana.

Se seu ROAS da semana 0 estiver abaixo dessa taxa, você saberá que precisará ajustar lances, criativos ou segmentação para melhorar o custo/qualidade de seus usuários adquiridos e melhorar suas tendências de monetização. 
Se o seu ROAS da semana 0 estiver acima desse número, você poderá aumentar os orçamentos e os lances com confiança.

Etapa 5:

Essa é a etapa em que você usa seu segmento de previsão dentro do conjunto de dados completo para avaliar o quão bem seu modelo foi capaz de prever os resultados reais. Isso pode ser feito usando o erro percentual médio absoluto (MAPE), que é um cálculo que divide o valor absoluto do erro (o valor real menos o valor previsto) pelo valor real. 

Quanto menor a soma do MAPE, melhor o poder preditivo do seu modelo.

Modelagem preditiva: quinta etapa ROAS semana 0

Não existe uma regra para um bom número MAPE, mas, geralmente, quanto mais dados seu modelo tiver e quanto maior a correlação entre eles, melhor será o seu poder de previsão. 

Se o seu MAPE for alto e as taxas de erro forem inaceitáveis, pode ser necessário usar um modelo mais complexo. Embora sejam mais difíceis de gerenciar, os modelos que envolvem R e python podem aumentar o poder de previsão da sua análise.
E aí está: uma estrutura para prever a lucratividade da sua campanha de marketing.
Mas ainda não terminamos! Ainda temos muitas informações valiosas para compartilhar.

Melhore suas previsões

Para os leitores curiosos, é possível que vocês estejam se perguntando se a linha de tendência linear padrão é realmente a melhor para prever o lucro. 

Você pode até experimentar mais algumas linhas de tendência e descobrir que o R-quadrado (uma medida do ajuste da equação aos seus dados) melhora com outras equações, fazendo com que essa dúvida seja ainda mais relevante.

Modelagem preditiva: linha de tendência exponencial
Linha de tendência exponencial
Modelagem preditiva: linha de tendência polinomial
Linha de tendência polinomial

Ainda que adotar uma mentalidade de que “tudo é relativo” se aplique na hora de escolher as melhores linhas de tendência, também temos um outro conselho útil: KISS (keep it simple, stupid). Se você não é um entusiasta da estatística ou da matemática, sua melhor aposta é usar as linhas de tendência mais simples – que são as lineares.

Por que isso pode ser um problema? Como exemplo simples, considere a inclusão de dados inesperados no modelo. Nos dois cenários a seguir, vamos mostrar como um ROAS de semana 0 menor com um rendimento surpreendentemente bom ou um ROAS de semana 0 maior com um rendimento surpreendentemente ruim afeta a precisão de cada modelo de linha de tendência (usando o MAPE).

Usando o MAPE para comparar diferentes modelos de ROAS

Usando o MAPE para comparar os diferentes modelos baseados em linha de tendência podemos ver que, embora os modelos linear e exponencial não sejam mais precisos em nenhum caso, eles são os mais consistentes.

Além disso, o machine learning pode ajudar a automatizar esse processo, analisar grandes quantidades de dados e fornecer insights mais rapidamente.

Como saber se você está seguindo o caminho certo

Como observação final, confira nossa lista de perguntas adicionais que podem ser úteis para garantir que sua análise de previsão seja sólida:

  1. Você continua alimentando seu modelo para que ele continue treinando com os dados mais relevantes?
    1. Você verificou se as previsões do seu modelo se concretizaram com base em novas observações?
  1. Você tem muitas variações ou overfitting?
    1. Um R-quadrado muito baixo ou um R-quadrado muito alto indica um problema na capacidade do seu modelo de prever novos dados com precisão.
  1. Você usou o KPI certo?
    1. Teste diferentes KPIs (por exemplo, mais ou menos dias de ROAS ou LTV) e use o MAPE para comparar o poder de previsão de lucro de cada um. 

Você pode se surpreender com o quão mal correlacionadas as mensurações padrão são.

  1. Seus principais indicadores ou benchmarks iniciais sofreram mudanças significativas?
    1. Isso pode ser um sinal de que houve uma mudança importante no mundo real e que o problema afetará a capacidade do seu modelo de prever o lucro com precisão no futuro.
  1. Você fez a segmentação dos dados?
    1. Segmentar os usuários em grupos mais homogêneos é uma ótima maneira de reduzir o ruído e melhorar o poder preditivo do seu modelo. 

Por exemplo, não aplique o mesmo modelo a todos os usuários em todos os canais e regiões geográficas se esses usuários tiverem tendências de custo e retenção significativamente diferentes.

  1. Você está considerando as influências do tempo?
    1. A maioria dos profissionais de marketing está ciente das influências da sazonalidade como um fator que pode fazer com que as previsões falhem, mas o ciclo de vida de seu aplicativo/campanha/audiência/criativo também pode influenciar a precisão do seu modelo preditivo.
LTV de anúncios in-app
Capítulo 4

Mais uma peça do quebra-cabeças: previsão do LTV de anúncios in-app

Os anúncios in-app (IAA, do inglês in-app advertising) se tornaram cada vez mais populares, sendo responsáveis por pelo menos 30% da receita dos aplicativos nos últimos anos.  Jogos casuais e hipercasuais, além de muitos aplicativos utilitários, naturalmente aproveitam esse fluxo de receita como sua principal fonte de monetização. 

Mesmo os desenvolvedores que dependiam completamente de compras in-app (IAP, do inglês in-app purchases) começaram a monetizar usando anúncios. Como resultado, vemos que muitos aplicativos agora estão combinando esses dois fluxos de receita para otimizar o LTV de seus usuários. 

Um ótimo exemplo é o Candy Crush.

O LTV da monetização híbrida é composto por duas partes:

  1. LTV de compras in-app/assinatura: Receita gerada ativamente por um usuário que compra moedas no jogo ou no aplicativo, itens especiais, serviços extras ou faz uma assinatura paga.
  2. LTV de anúncios in-app (IAA): Receita gerada passivamente por um usuário que visualiza e/ou interage com anúncios (banners, vídeos, intersticiais, etc.)

Desafio de dados

Idealmente, os profissionais de marketing devem entender o valor nominal de cada impressão. Depois de reunir dados suficientes, poderemos criar modelos de previsão semelhantes ao que já descrevemos no capítulo 2 para compras in-app. 

Mas, no mundo real, não é tão simples – mesmo calcular por conta própria do LTV de anúncios in-app é difícil, por conta do volume e da estrutura dos dados de receita que os profissionais de marketing conseguem obter. 

Para citar alguns problemas:

  • Raramente há uma fonte de anúncios sendo exibida. Na realidade, existem muitas fontes que possuem um algoritmo/ferramenta por trás delas (plataformas de mediação de anúncios ) que mudam constantemente de fontes e eCPM. 
  • Se um usuário visualiza 10 anúncios, é bem possível que ele tenha vindo de 5 fontes diferentes, cada uma com um eCPM completamente diferente.
  • Algumas ad networks pagam por ações (instalar, clicar) em vez de impressões, complicando ainda mais as coisas.
  • Ao trabalhar com as plataformas de mediação mais comuns, que oferecem receita de anúncios no nível do usuário, esse número continua sendo uma estimativa. As ad networks mais básicas geralmente não compartilham esses dados, levando a uma divisão da receita gerada (para usuários que visualizaram as impressões).
  • Os eCPMs podem flutuar drasticamente ao longo do tempo e é impossível prever essas mudanças.

Modelos de previsão de LTV de anúncios in-app

Muitas das empresas que entrevistamos não estavam ativamente envolvidas com previsões de LTV de anúncios. Entre os profissionais de marketing de aplicativos de jogos que estavam interessados ​​nesse assunto, nenhum deles realmente descobriu como isso funciona em um nível que de fato os ajudasse. Na realidade, esse ainda é um trabalho em andamento.

Listamos abaixo os conceitos que foram discutidos como pontos de transição:

1. Modelo baseado em retenção/retenção de ARPDAU

  • Conceito: Usando o modelo de retenção de ARPDAU, que nesse caso também contém a contribuição adicional da receita de anúncios in-app.
  • Exemplo: A retenção D1/D3/D7 é de 50%/35%/25%. Depois de ajustar esses pontos de dados em uma curva de potência e calcular sua integral até o D90, descobrimos que o número médio de dias ativos é 5. Sabendo que o ARPDAU é de US$ 0,50, a previsão de LTV para o dia 90 seria igual a US$ 2,50.

2. Método baseado em razão

  • Conceito: Integrar estimativas de receita de anúncio em nível do usuário para usar o método de proporção seguindo essa lógica (ou seja, com base em coeficientes de D1, D3, D7, etc.).
  • Exemplo: O ARPU de compras e receita de anúncios in-app é de US$ 0,40 após os primeiros 3 dias. Sabemos que D90/D7 = 3. O D90 LTV previsto seria, portanto, de US$ 1,20.

3. Método de multiplicação simples

  • Conceito: Calcular a proporção entre compras in-app e receita de anúncios para usar um multiplicador para o cálculo do LTV total. Com mais dados disponíveis, vários coeficientes podem ser calculados para dimensões de plataforma/país, já que geralmente têm o maior impacto na proporção de receita de anúncio x receita in-app.

Previsões de LTV baseadas em comportamento

É importante mencionar outro fator importante que pode influenciar fortemente a possível rentabilidade dos usuários do aplicativo: a canibalização

Usuários que gastam dinheiro fazendo compras in-app geralmente têm um LTV significativamente maior do que os usuários que apenas consomem anúncios. Assim, é extremamente importante que sua intenção não seja interrompida por mensagens aleatórias. 

Por outro lado, é importante incentivar os usuários a assistirem aos anúncios, para que eles sejam frequentemente recompensados ​​com moedas ou bônus no aplicativo.

Se um aplicativo tiver anúncios com recompensa e compras in-app, é possível que, em determinado momento, um jogador que poderia fazer várias IAPs desista de realizar uma compra em troca de uma recompensa conquistada com a visualização de um anúncio. 

É aqui que as previsões comportamentais entram em ação — ao mensurar o comportamento dos usuários, um algoritmo de machine learning pode determinar a probabilidade de certos usuários se tornarem “gastadores” e indicar onde certos ajustes na experiência do jogo/aplicativo são necessários. 

O processo funciona da seguinte forma:

  1. Todos os usuários devem começar com uma experiência sem anúncios enquanto os dados de engajamento estão sendo mensurados.
  1. O algoritmo calcula continuamente a probabilidade de um usuário se tornar um gastador.
  1. Se essa probabilidade for superior a uma porcentagem definida, os anúncios não serão mais exibidos à medida que mais dados forem coletados (“aguardando a compra”).
  1. Se a probabilidade cair abaixo de uma porcentagem definida, é mais provável que esse usuário nunca faça uma compra. Nesse caso, o aplicativo começa a exibir anúncios.
  1. Com base no comportamento de longo prazo dos jogadores, o algoritmo pode continuar avaliando seu comportamento enquanto modifica os tipos e quantidades de anúncios exibidos para o usuário.

A maioria das empresas fica satisfeita com o uso de modelos e abordagens simples que fornecem uma boa relação custo/benefício, especificamente quando se trata de dificuldades de implementação e do valor agregado de insights mais precisos. 

Já podemos observar rápidos avanços nessa área com as diferentes soluções que estão surgindo para preencher possíveis lacunas e complementar o ritmo acelerado de desenvolvimento do ecossistema, assim como um aumento na importância dos anúncios in-app como um fluxo de receita fundamental para os aplicativos. 

O método de contribuição

Embora métodos de previsão de comportamento bem regulados possam produzir os resultados mais precisos na atribuição de receita de anúncios, existe um método mais simples e viável para lidar com essa atribuição a um canal de aquisição. 

Esse método se baseia na atribuição da contribuição de um canal para impulsionar a receita de anúncios de acordo com os pontos de dados agregados de comportamento do usuário.

As margens de contribuição ajudam a converter a contribuição de um canal no comportamento geral do usuário na margem de ganho desse canal a partir da receita geral de anúncios gerada por todos os usuários. 

A teoria é que quanto mais os usuários adquiridos de um canal geram ações em um aplicativo, maior é a influência da participação desse canal, permitindo que ele reivindique crédito pela receita de anúncios desses usuários.

Vamos explicar em mais detalhes:

Etapa 1

Primeiro, é preciso selecionar um ponto de dado que será usado para determinar a margem de contribuição dentro da receita de anúncios de cada canal de aquisição. 

Para começar, você pode usar a regressão da linha de tendência do excel para identificar qual KPI de comportamento do usuário está mais correlacionado com as mudanças na receita de anúncios. 

Lembre-se que, como o método de contribuição envolve a atribuição da receita com base em uma parcela da atividade total, é recomendado que você use um ponto de dado como a quantidade de usuários ativos em um dia, em vez de algo como a taxa de retenção.  

Algumas opções incluem:

  • Total de usuários ativos
  • Total de sessões do usuário
  • Duração da sessão
  • Dados atribuíveis a anúncios (por exemplo, impressões de anúncios)
  • Total de eventos-chave (por exemplo, partidas jogadas)

Etapa 2

Depois de definir alguns pontos de dados, faça um gráfico de dispersão de cada ponto de dado com relação ao total de receita de anúncios por dia para entender onde as correlações entre as mudanças no comportamento do usuário e o total de receita de anúncios são mais fortes.

Etapa 3

Adicione o R-quadrado dos pontos de dados ao seu gráfico para identificar qual ponto de dado tem a correlação mais forte.

Mas fique atento, esse método possui uma desvantagem: quanto menor for a variação no comportamento do usuário e na receita de anúncios, menos precisa será a capacidade do modelo de observar a força da correlação entre os pontos de dados. 

Como resultado, você terá menos confiança para escolher entre pontos de dados.

Modelagem preditiva: etapa 3 do método de contribuição

 Na simulação desse conjunto de dados, vemos as contagens de cada ponto de dados por dia, assim como o total da receita de anúncios gerada por dia.

Modelagem preditiva: total de usuários ativos receita de anúncios
Modelagem preditiva: sessões totais
Modelagem preditiva: tempo gasto no aplicativo
Modelagem preditiva: total de partidas jogadas

Com base nesses dados simulados, podemos ver que o evento com a melhor força de correlação parece ser o número de usuários ativos com base no R-quadrado da nossa métrica de ajuste. 

Isso significa que o ponto de dados que mais explica as mudanças na receita de anúncios é a quantidade de usuários ativos. Assim, devemos usar esse número para atribuir a receita de anúncios por canal.

Etapa 4

Depois de selecionar um KPI de comportamento do usuário, é hora de calcular a margem de contribuição.

Em seguida, multiplique a margem de contribuição diária de cada canal pela receita acumulada de anúncios gerada em cada dia.

Esse processo exige que os dados de comportamento do usuário sejam mensurados por canal e sejam acessados todos os dias, para que a margem de contribuição de todos os canais possa ser calculada com os dados de receita de cada novo dia.

Observação: embora tenhamos incluído apenas quatro canais de anúncios para fins ilustrativos, você também pode incluir seus dados orgânicos e outros canais para atribuir totalmente a receita diária ao comportamento diário do usuário. 

Modelagem preditiva: etapa 4 do método de contribuição

Acima, podemos ver o cálculo da receita de anúncios gerada por dia, por canal, o que permite estimar a rentabilidade de cada canal.

Lembre-se que será necessário revisar quais KPIs são úteis para a atribuição de receita de anúncios à medida que as tendências de comportamento do usuário e os dados de monetização da receita de anúncios mudam, ou conforme novos pontos de dados são disponibilizados.

Por exemplo, no conjunto de dados acima, podemos ver um segundo agrupamento de pontos de dados no final do período (começando aproximadamente em 10 de janeiro), em que há significativamente mais receita de anúncios por dia do que no início do mês. 

Isso se reflete no agrupamento de dados na parte superior direita de cada gráfico de dispersão, longe do grupo inferior esquerdo. 

Quanto mais complexo o conjunto de dados, menos precisa será essa avaliação de regressão do excel e maior será a necessidade de aplicar segmentação e uma análise mais rigorosa.

Práticas recomendadas de modelagem preditiva
Capítulo 5

Modelagem preditiva em um mundo centrado na privacidade

Rumo a uma nova realidade

A análise preditiva permite que você aumente a audiência potencial da sua campanha, impulsione o LTV do usuário e garanta um orçamento mais eficiente – em uma realidade na qual, em alguns casos, não temos mais acesso a dados granulares de performance. 

Ao criar diferentes clusters de características comportamentais, sua audiência pode ser segmentada não por sua identidade, mas pela interação com sua campanha em seus estágios iniciais. Essa interação pode oferecer um indicador do seu potencial para trazer um valor significativo para o seu produto.

A combinação dos principais fatores de engajamento, retenção e monetização pode se correlacionar com a compatibilidade de um usuário com a lógica de LTV de qualquer desenvolvedor, fornecendo uma indicação de pLTV (previsão do lifetime value) logo no início de uma campanha.

Machine learning – a chave para o sucesso

Um aplicativo mobile pode ter mais de 200 métricas disponíveis para mensuração, mas um profissional de marketing comum provavelmente fará a mensuração de no máximo 25. Uma máquina, por outro lado, é capaz de ingerir todas essas informações em questão de milissegundos e aplicá-las a insights de marketing e indicadores de funcionalidade do aplicativo. 

Um algoritmo de machine learning será capaz de calcular todos esses indicadores e encontrar as correlações certas para você. Seus cálculos serão baseados em sua definição de sucesso e em sua lógica de LTV, aplicando isso a uma quantidade significativa de dados para encontrar a correlação entre os primeiros sinais de engajamento e o sucesso final.

Isso significa que os anunciantes não precisam mais saber QUEM é o usuário, mas sim em QUAL perfil e características de pLTV ele se encaixa. Esse perfil deve ser o mais preciso possível, ficando disponibilizado logo nos primeiros dias da campanha. Ele deve representar os requisitos de LTV do anunciante para que seja considerado válido e acionável. 

Quando se trata de aplicativos de eCommerce, por exemplo, o uso de indicadores como compras anteriores, frequência de compras, hora do dia ou progressão no funil permite que o algoritmo agrupe o público geral em grupos altamente granulares e mutuamente exclusivos. 

Isso permite uma segmentação e mensagem mais eficazes e, por fim, um ROAS mais alto.

Aproveitando as previsões de LTV de um cluster

A análise preditiva ajuda a reduzir o período de machine learning usando as integrações existentes para fornecer uma previsão precisa do LTV da campanha. 

Usando o machine learning para entender os dados agregados, a análise preditiva pode fornecer uma indicação de potencial da campanha na forma de uma pontuação, classificação ou qualquer outro tipo de insight acionável poucos dias após seu lançamento, informando aos profissionais de marketing sobre o seu possível sucesso. 

Por exemplo, em um aplicativo de jogos, esse mecanismo descobriu que os usuários que completam o nível 10 de um jogo dentro das primeiras 24 horas têm uma probabilidade 50% maior de se tornarem usuários pagantes.

Com essas informações em mãos, os profissionais de marketing podem reduzir suas perdas em uma campanha ruim que não entrega usuários de qualidade e fazer as otimizações necessárias ou dobrar seus esforços quando as primeiras indicações mostram lucro potencial, permitindo que eles tomem decisões rápidas para pausar, aumentar ou otimizar. 

O desafio da SKAdNetwork

As recentes mudanças de privacidade introduzidas com o iOS 14 e a SKAdNetwork trouxeram desafios inéditos, limitando a mensuração de dados em nível do usuário no ecossistema do iOS.

Esse é apenas o primeiro passo em direção a um ambiente de publicidade mais focado na privacidade do usuário, sendo que tudo indica que muitos dos maiores players da indústria online seguirão pelo mesmo caminho.

Essas mudanças limitam não apenas o volume de dados disponíveis, mas também a janela de tempo na qual os profissionais de marketing podem tomar decisões informadas sobre a probabilidade de uma campanha ser bem-sucedida ou não. 

Embora os algoritmos de machine learning possam prever rapidamente quais campanhas provavelmente trarão os clientes mais valiosos, outras limitações incluem a falta de dados em tempo real, sem incluir dados de ROI ou LTV (pois eles mensuram principalmente instalações), além de uma falta de granularidade (pois apenas os dados em nível de campanha estão disponíveis).

Então, como você pode oferecer anúncios mais relevantes sem saber quais ações cada usuário está realizando? 

Você adivinhou: com o marketing preditivo baseado em machine learning. Usando correlações estatísticas avançadas com base no histórico de dados do comportamento no app para prever ações futuras, os profissionais de marketing podem realizar testes usando parâmetros não personalizados, como sinais contextuais e treinamento contínuo de modelos de machine learning. 

Os resultados podem ser aplicados a campanhas futuras e refinados à medida que mais dados são coletados.  

Capítulo 6 - crescimento, atualização do guia de modelagem preditiva
Capítulo 6

Práticas recomendadas para criar modelos de previsão de marketing mobile

1. Alimente a fera

Quando criamos modelos de dados que serão usados para nos ajudar com decisões significativas, não é apenas importante construir o melhor sistema possível, mas também realizar testes contínuos para garantir sua eficácia. 

Para isso, certifique-se de alimentar continuamente seu modelo de previsão de lucro para que ele se mantenha treinado com os dados mais relevantes. 

Além disso, verifique sempre se as previsões do seu modelo se concretizam ou chegam perto de se concretizarem com base em novas observações. 

Não seguir essas etapas pode fazer com que um modelo com um poder inicial de previsão útil falhe, a depender da sazonalidade, da dinâmica macro de um leilão, das tendências de monetização do seu app ou de diversos outros fatores. 

Ao observar seus principais indicadores e benchmarks iniciais, e procurar alterações significativas em seus pontos de dados, você conseguirá avaliar quando suas próprias previsões provavelmente também falharão. 

Por exemplo, se seu modelo foi treinado com dados em que a taxa média de retenção do dia 1 teve uma variação de 40% a 50%, mas em uma semana a taxa de retenção do dia 1 caiu para 30% a 40%, isso pode indicar que é necessário treinar novamente seu modelo. 

Isso ocorre porque os sinais de qualidade dos usuários que você adquiriu mais recentemente mudaram e, provavelmente, alteraram sua monetização e lucro.

2. Escolha o KPI certo para prever a lucratividade

Para isso, existem várias opções possíveis, cada uma com um conjunto de de vantagens e desvantagens com relação à sua viabilidade, precisão e velocidade de recomendações. 

Teste diferentes KPIs (por exemplo, mais ou menos dias de ROAS ou LTV) e use o MAPE para comparar o poder de previsão de lucro de vários KPIs:

  • R-quadrado 
  • A relação entre o sucesso e a falha de previsões satisfatórias
  • Erro percentual médio absoluto (MAPE)

Você pode se surpreender com o quanto as mensurações padrão estão pouco correlacionadas.

3. Segmente seus dados

Segmentar os usuários em grupos mais homogêneos é uma ótima maneira de impulsionar suas taxas de conversão, reduzir o ruído e melhorar o poder preditivo do seu modelo. 

Por exemplo, aplicar o mesmo modelo a campanhas baseadas em interesse e campanhas lookalike baseadas em valor pode gerar resultados menos eficazes. Isso acontece porque as tendências de monetização e duração da vida útil dos usuários de cada público-alvo provavelmente serão bem diferentes. 

Além disso, ao criar diferentes grupos de características comportamentais, sua audiência pode ser segmentada não por sua identidade, mas pela interação com sua campanha em seus estágios iniciais. Essa interação pode indicar o potencial valor dos usuários para o seu produto.

Por exemplo, um desenvolvedor de aplicativos de jogos pode prever o LTV potencial obtido de seus usuários em um período de 30 dias. Ou seja, o tempo necessário para a conclusão de um tutorial (engajamento), quantas vezes um usuário retorna ao aplicativo (retenção) ou o nível de exposição de anúncios em cada sessão (monetização). 

4. Lembre-se de incluir prazos

A maioria dos profissionais de marketing está ciente das influências da sazonalidade como um fator que pode fazer com que as previsões falhem, mas o ciclo de vida de seu aplicativo/campanha/audiência/criativo também pode influenciar a precisão do seu modelo preditivo. 

As tendências de custo de aquisição na primeira semana de uma nova abertura do app serão muito diferentes daquelas no quinto mês ou segundo ano de uso, assim como os primeiros 1.000 dólares gastos com uma nova audiência lookalike será diferente dos 10.000 e 50.000 dólares investidos na mesma audiência lookalike (especialmente sem alterar o criativo usado).

Anúncios in-app: Principais conclusões

Principais conclusões

Principais conclusões

  • A ciência da análise preditiva existe há anos e é usada pelas maiores empresas do mundo para aperfeiçoar suas operações, antecipar mudanças de oferta e demanda, prever mudanças globais e usar históricos de dados, permitindo que os profissionais se preparem melhor para eventos futuros.
  • Conforme avançamos para uma nova realidade, mais centrada na privacidade, será necessário adotar um novo padrão de mensuração – um que requer prazos de mensuração mais curtos e aplica indícios anônimas do potencial valor de um usuário.
  • É exatamente isso que a modelagem preditiva faz. Incluir essa tecnologia sofisticada no cenário de marketing global, seguindo a evolução natural da indústria, é simplesmente fundamental. 

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Compra de mídia no piloto automático: guia completo para a publicidade programática https://www.appsflyer.com/pt/resources/guides/programmatic-advertising/ Wed, 23 Aug 2023 21:53:53 +0000 https://www.appsflyer.com/resources//compra-de-midia-em-piloto-automatico-guia-completo-para-a-publicidade-programatica/ Programmatic advertising - featured

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Introdução

Nenhuma discussão sobre o futuro da publicidade está completa sem mencionar a automação e a inteligência artificial (IA). Se quiser usar termos ainda mais sofisticados, adicione algumas siglas como DSP, DMP e RTB na mistura (não se preocupe, neste guia explicaremos o que cada uma delas significa).

As telas fazem cada vez mais parte do nosso dia a dia, e a publicidade está evoluindo para alcançar mais pessoas, de forma mais rápida e barata. No entanto, a publicidade já não é mais o que ela foi no passado. A concorrência está maior do que nunca, não apenas para chegar aos consumidores, mas também para falar com eles de uma forma que corresponda aos seus interesses únicos.

Aqui entra a publicidade programática.

Essa tecnologia permite que as marcas automatizem as transações de mídia, permitindo que os publishers mensurem a atenção dos usuários em tempo real. A publicidade programática promete entregar mensagens altamente personalizadas, no momento certo, para as pessoas certas, usando automação e IA.

Neste guia, faremos uma introdução completa ao ecossistema programático, analisando todos os seus principais componentes e a forma como eles se relacionam entre si. Com esses insights, você estará mais preparado para adicionar o marketing programático ao seu kit de ferramentas de marketing.

Capítulo 1: O que é a publicidade programática
Capítulo 1

O que é a publicidade programática?

A publicidade programática é um processo automatizado de compra de mídias, alimentado por IA e machine learning, que permite que os anunciantes segmentem dados de audiências, identifiquem os posicionamentos mais estratégicos para seu anúncios, realizem leilões e vendam impressões de anúncios digitais em tempo real. 

Esse processo usa uma combinação de dados first, second e third-party — incluindo palavras-chave, localização, registros públicos e questionários — para comprar e vender anúncios online em marketplaces digitais abertos ou privados. 

Qual é a relevância da publicidade programática?

Ao longo dos últimos 20 anos, o Interactive Advertising Bureau (IAB) concluiu que “a publicidade programática tornou-se um elemento-chave na maioria dos budgets de publicidade digital, por conta da sua escala e eficiência na seleção e colocação de anúncios digitais”.

De acordo com a Statista, os gastos globais com anúncios programáticos totalizaram US$ 493 bilhões em 2022 e devem chegar em US$ 557,56 bilhões em 2023. Em 2022, 75,6% da publicidade programática em display digital nos EUA foi direcionada para o mobile.

O crescimento explosivo da publicidade programática é resultado da maneira como esse modelo otimizou o processo de publicidade em escala. No passado, o processo de compra de mídias era lento e manual, envolvendo vendas diretas entre publishers, agências e anunciantes na negociação do melhor inventário de anúncios. Os anunciantes e publishers trabalhavam com agências como intermediárias para negociar a colocação e a hora de exibição de um anúncio, assim como para realizar pesquisas de audiência.

O que não faz parte do modelo programático?

Os anúncios que são vendidos diretamente, com preços e prazos pré-determinados, não são considerados programáticos. A publicidade programática utiliza a automação para ajudar tanto os compradores como os vendedores a reduzir as despesas gerais, distribuir budgets em colocações que geram maior impacto e impulsionar a receita para que publishers vendam rapidamente seu inventário.

Qual é a história da publicidade programática?

O surgimento da publicidade digital remontam a um único retângulo pixelado. Em 1994, a AT&T, uma gigante das telecomunicações, colocou o primeiro banner publicitário da internet na revista online HotWired, antecessora da WIRED. Nele, a seguinte mensagem era exibida: “Você já clicou aqui? VOCÊ VAI”.

Assim como homens das cavernas que queimaram as mãos na fogueira recém-descoberta, os primeiros usuários da internet clicaram no anúncio e totalizaram uma taxa de cliques impressionante de 44%. Mas, na época, não havia uma forma de mensurar a eficácia do anúncio para chegar aos clientes relevantes. O mesmo anúncio era exibido independentemente de quem visitava o site. A colocação manual dessas mídias limitava as oportunidades de trocas verdadeiramente personalizadas. 

À medida que a Internet se tornou mais acessível, o mesmo aconteceu com a demanda por publicidade digital. Em 1996, foi fundada a DoubleClick, que é considerada o primeiro servidor de anúncios. A empresa foi adquirida pelo Google em 2007 por 3,1 mil milhões de dólares, impulsionando a criação de mais servidores de anúncios no ecossistema, incluindo o Advertising.com, Zeo e Ad Stream. 

Pouco depois, em 2000, o Google lançou o seu produto publicitário exclusivo, o Google AdWords. Eventualmente, isso levou ao lançamento da Display Network do Google (GDN) em 2013. 

Por volta desse mesmo período, o Google AdEx, Microsoft AdECN, Rubicon Project e Right Media da Yahoo criaram um software de real-time bidding (RTB) que combinava os provedores de serviços de dados (DSP, do inglês Data Service Providers), as Supply Side Plataforms (SSP) e ad exchanges em um único local. 

Atualmente, o modelo programático possui uma relevância significativa no mundo da publicidade, sendo responsável por 72% do total de displays digitais no mercado

Quais são os canais de publicidade programática?

Canais de publicidade programática

Com grandes tecnologias vêm grandes ecolhas! A publicidade programática é usada em sete canais de publicidade principais: display, vídeo, social, áudio, nativo, digital out-of-home e publicidade in-app. Vamos analisar cada um deles.

Anúncios de display

A forma mais comum de publicidade programática, eles são anúncios visuais exibidos em headers, footers ou na barra lateral de websites e aplicativos. Os anúncios de display podem ser dinamicamente otimizados, atualizados e personalizados com base nos dados do usuário. 

Anúncios em vídeo

O investimento em publicidade programática em vídeo atingiu cerca de US$ 62,96 bilhões em 2022 e deve crescer para US$ 74,88 bilhões em 2023. Existem três tipos principais de anúncios em vídeo disponíveis para os anunciantes.

Os anúncios de vídeo in-stream são exibidos no player do vídeo. Esse é, de longe, o tipo mais comum de publicidade em vídeos, e os anunciantes podem escolher entre opções que incluem:

  1. Pre-roll: o anúncio é exibido antes do início do vídeo
  2. Mid-roll: o anúncio é exibido no meio do vídeo
  3. Post-roll: o anúncio é exibido depois que o vídeo acaba
  4. Bumper do YouTube: anúncios breves, que não podem ser pulados, exibidos antes do vídeo

Anúncios de vídeo out-stream aparecem em artigos, incorporados de forma nativa ou como pop-ups. 

Anúncios de vídeo in-display são exibidos em resultados da pesquisa ou como uma recomendação de vídeo patrocinado.

Anúncios sociais

Não importa se é no Facebook, Instagram, Snapchat, Pinterest, TikTok ou Twitter: a publicidade nas redes sociais pode ser comprada através de APIs (do inglês application programming interfaces, que permitem que os programas de computador interajam entre si) ou através de uma demand-side platform (DSP) integrada (continue lendo para saber mais).

Anúncios nativos

Os anúncios nativos são integrados no website ou no aplicativo no qual eles são exibidos, oferecendo uma visualização ininterrupta. Em vez de um pop-up com um vídeo que salta em sua tela, os anúncios nativos são incorporados facilmente ao conteúdo, fornecendo uma experiência melhor aos usuários. Os anúncios nativos podem ser colocados de forma programática no header, footer, barra lateral ou no próprio conteúdo. 

Os formatos de anúncios nativos mais comuns são:

  1. Unidades no feed: os anúncios aparecem nos feeds, como colocações pagas em páginas iniciais que se assemelham a um artigo.
  2. Anúncios em artigos: aparecem nos parágrafos de um artigo editorial.
  3. Unidades de pesquisa pagas: os anúncios aparecem no topo dos resultados da pesquisa, com um aspecto semelhante aos resultados da pesquisa orgânica.
  4. Widgets de recomendação: uma recomendação de um conteúdo semelhante que possa ser do interesse do usuário.

Anúncios em áudio

Canais de podcast, anúncios no Spotify e anúncios no Pandora são alguns dos canais que permitem que os anunciantes comprem anúncios de forma programática. Enquanto a maioria dos podcasts e programas de áudio depende de acordos manuais e privados para a exibição de anúncios em seus principais canais, os anúncios programáticos podem ser comprados em grande escala para usuários freemium das plataformas. 

Digital out-of-home (DOOH)

Publicidade programática: DOOH

A publicidade out-of-home, ou OOH, costumava envolver uma sinalização visual e estática, como um cartaz exibido no outdoor de uma rodovia. No entanto, como a sinalização digital se tornou mais acessível para a produção em massa, o OOH agora oferece ferramentas avançadas de segmentação e mensuração que não existiam antes. 

A não ser que você viva em São Paulo (onde esse tipo de publicidade é proibida), você provavelmente viu um anúncio DOOH no último mês, se não na última semana! As colocações de DOOH podem ser compradas e vendidas de forma programática, o que pode ser particularmente útil quando associado a estratégias como a delimitação geográfica (em que os anúncios relevantes são programados para aparecerem quando um usuário entra em uma determinada área geográfica).

Considerando que o consumidor médio passa de quatro a cinco horas por dia interagindo com apps mobile, vale a pena analisar como a publicidade programática em apps mobile realmente funciona. 

Os anúncios baseados na web são exibidos em resultados de pesquisa, banners, vídeos e classificados. Já os anúncios in-app possuem diferentes formatos de display, exigências de tamanho e durações de exibição.

Os formatos mais comuns são os banners na parte inferior da tela, que oferecem um maior alcance, e os intersticiais, que aparecem entre as ações do usuário (por exemplo, entre níveis de um jogo).

Os anúncios com recompensa são uma forma de integração em um contexto de jogo, no qual os jogadores só podem avançar depois de visualizar um anúncio. Além disso, embora alguns bloqueadores de anúncios estejam integrados a alguns navegadores, os anúncios in-app (ainda) não estão expostos ao software de bloqueio de anúncios.

Os apps de redes sociais, notícias e jogos têm uma das maiores taxas de inserção entre os usuários mobile, oferecendo um grande potencial de retorno do investimento (ROI) a partir da publicidade programática in-app.

Quanto custa esse modelo?

A beleza do modelo programático é o seu preço acessível. O processo de automatização fez com que a publicidade se tornasse significativamente mais barata em comparação com a compra direta de anúncios. Os anúncios programáticos são vendidos nos seguintes modelos:

  1. CPM (cost per mille), que significa custo por mil impressões.
  2. CPC (custo por clique)
  3. CPA (custo por ação)
  4. CTC (conversões de click-through)

O CPM é o modelo mais comum para a venda de anúncios programáticos. Ainda assim, o preço final dependerá da concorrência, da escassez de inventário, do alcance e da especificidade da segmentação. Uma vez que a programação funciona no âmbito de um leilão automatizado, um público-alvo pequeno e extremamente concorrido será muito mais caro do que um público geral maior. 

Com tantas variáveis a serem consideradas, um CPM médio não define de forma adequada se uma campanha será eficaz para você. Alguns publishers também podem vender inventários premium de forma programática, o que pode ser mais caro do que outras formas de publicidade. 

Não se esqueça das taxas tecnológicas

Como diz o ditado, se você é bom em alguma coisa, nunca faça isso de graça. Ainda que o processo programático tenha agilizado todo o processo de compra de mídias, as taxas tecnológicas são cobradas da receita dos publishers. As taxas variam de parceiro para parceiro e, quanto mais intermediários fizerem parte do processo, maior será o preço que você terá que incluir em seus cálculos de ROI.

Capítulo 2 - Qual é a vantagem da publicidade programática para anunciantes?
Capítulo 2

Qual é a vantagem da publicidade programática para anunciantes?

Para além de simplificar o processo de publicidade, a publicidade programática oferece uma série de outras vantagens. Esse modelo oferece uma maior variedade de inventários, segmentação e opções estratégicas para permitir que os anunciantes alcancem seus públicos ideais de forma mais precisa, rápida e econômica.

Eficiência e CPMs mais baixos

Assim como a invenção da linha de montagem, que levou à produção em massa do Ford Modelo T, a publicidade programática acelerou a maneira como os anunciantes alcançam simultaneamente várias audiências, através de mensagens e criativos únicos. Isso levou à eliminação de intermediários e de práticas de compra e venda mais caras, reduzindo os CPMs em todos os aspectos.

Aproveite as oportunidades in-home e out-of-home

A publicidade programática evoluiu muito em suas funcionalidades e adoção. Considerando que, atualmente, 72% de todos os displays de anúncios digitais são alimentados de forma programática, os anunciantes podem atingir uma audiência massiva com precisão e rapidez. 

Insights mais rápidos e transparentes

O que é melhor do que um maior alcance? Um alcance mais… pontual. O tempo entre a oferta e a entrega é crucial caso você deseje aparecer nos sites certos no momento certo da jornada do comprador. Além de exibir anúncios mais rapidamente, a publicidade programática permite que os anunciantes vejam resultados imediatos e mensuráveis, permitindo um ajuste ágil da campanha e uma otimização contínua. E, com a ajuda da IA, a segmentação de audiências está cada vez mais inteligente.

Capítulo 3 - O ecossistema da publicidade programática: Como ele funciona?
Capítulo 3

O ecossistema da publicidade programática: como ele funciona?

A compra tradicional de mídias exigia a contratação de uma agência de publicidade para identificar o local certo, negociar sua compra, gerenciar a colocação do anúncio e mensurar sua performance. Era um processo parecido com precisar ligar para um corretor da bolsa de valores para comprar ou vender ações. 

Mas, assim como hoje podemos negociar ações através de aplicativos e robôs-consultores, o modelo programático transformou o processo de compra de mídias. O software de trading desk faz com que a compra de anúncios programática seja fácil e acessível. Como resultado, cada vez mais anunciantes estão assumindo essa tarefa internamente, minimizando as despesas gerais e tornando o processo mais controlável e transparente.

Servidor de anúncios e o ecossistema de publicidade programática

A publicidade programática é um ecossistema complexo de players interligados que gerenciam o fluxo de dados e transações. Para compreender melhor como funciona o processo transacional, vamos falar mais sobre cada player desse ecossistema.

Assim como a Wall Street tem a bolsa de valores (stock exchange) de Nova York, o marketplace programático é chamado de ad exchange. Trata-se de um leilão digital onde os anunciantes podem comprar espaço de anúncios de várias ad networks através da sua interface de software. Existem dois extremos opostos em um ad exchange: o lado da compra e o lado da venda.

Lado da compra

Como seu nome sugere, o lado da compra é responsável pela compra de colocações de anúncios vendidas por players no lado da venda. Temos quatro players principais no lado da compra: demand-side platforms (DSPs), plataformas de gestão de dados (DMPs), anunciantes de ad networks e anunciantes.

A demand-side platform (DSP) é uma tecnologia que permite que os anunciantes comprem anúncios de forma programática em sites e apps de publishers, disponíveis em ad exchanges e ad networks. 

Publicidade programática: DSP

Cada DSP está ligada a uma plataforma de gestão de dados (DMP). Uma DMP coleta e organiza dados first, second e third-party e é o mecanismo que organiza os dados que influenciam nas decisões de compra de anúncios. Tecnicamente, plataformas como o Facebook e o Google Ads são um tipo de DSP que vende exclusivamente o seu próprio inventário.

Lado da venda

Passamos agora para o lado da venda: players que ajudam a vender espaço de anúncios para players do lado da compra. O lado da venda inclui publishers, ad networks e supply-side platforms (SSP).

Os publishers são publicações digitais que têm espaço de inventário de anúncios para vender em ad exchanges como a WIRED, Reuters, the Economist e Conde Nast.

Uma ad network é uma plataforma agregadora que reúne espaços publicitários não vendidos por vários publishers e oferece esse inventário aos anunciantes por uma taxa definida (normalmente com desconto). Não se esqueça de que as ad networks não funcionam de forma programática por si próprias.

A supply-side platform (SSP) ajuda publishers com a gestão automática e eficaz da venda o seu inventário para vários compradores, maximizando o rendimento do inventário. SSPs costumam oferecer interfaces intuitivas, analytics, relatórios, header bidding, otimização de rendimento e gestão de inventário.

As DSPs se comunicam com as SSPs para saber quais inventários estão disponíveis, e a que preço. As SSPs permitem que os publishers ordenem anúncios por anunciante, formato, público e taxas.

Serviços de terceiros

Esses são os parceiros que ajudam a facilitar a troca entre o lado da compra e o lado da venda.

As empresas de verificação de anúncios se integram com as DSPs para garantir que a visibilidade, a segurança da marca e a precisão das métricas de tráfego. 

As parceiras de mensuração e atribuição (MMPs) desduplicam os dados, mensuram o alcance e a frequência e garantem a precisão dos dados da campanha.

Data clean rooms são conjuntos de dados first-party compartilhados por várias fontes confiáveis. Eles proporcionam a colaboração através de dados anônimos, sem expor a fonte de dados e preservando a privacidade do consumidor.

Qual é a diferença entre o real-time bidding e a publicidade programática?

O real-time bidding (RTB) é um processo no qual os anunciantes podem fazer lances em um leilão de um espaço publicitário específico, de forma automática e em tempo real – em questão de milissegundos. 

A RTB é um processo programático. A publicidade programática é o termo genérico que engloba todas as atividades de marketing dentro do ad exchange programático.

Processo de publicidade programática: passo a passo 

Quando você começou a ler esse texto, provavelmente não fazia ideia do que significava RTB, SSP ou DSP. Agora que já chegou até aqui, vamos analisar passo a passo como funciona o processo.

  1. Um visitante clica em um site ou em um app mobile.
  2. Uma solicitação de proposta é enviada para um ad exchange, contendo informações sobre o site ou app, juntamente com os dados relevantes do visitante (dados demográficos, contextuais, comportamentais, dados de dispositivo – mas APENAS caso o usuário tenha permitido o compartilhamento desses dados).
  3. O proprietário do site ou app coloca a impressão do anúncio em leilão na supply-side platform (SSP).
  4. Então, as informações dos visitantes são fornecidas aos anunciantes disponíveis.
  5. Os anunciantes na demand-side platform (DSP) oferecem lances para a impressão.
  6. O maior lance ganha a impressão do anúncio.
  7. O anúncio é exibido para o usuário no site ou app.
  8. Idealmente, o usuário clica no anúncio e faz a conversão. Caso contrário, podem ser usadas táticas de retargeting, como anúncios “mais atraentes”, para incentivá-los a realizar uma conversão mais tarde.
Capítulo 4 - Tipos de leilão de publicidade programática
Capítulo 4

Tipos de leilão de publicidade programática

O processo tradicional de compra de mídias é longo e trabalhoso, envolvendo RFPs, pitching e negociações – o que deixa muito espaço para custos elevados e erros humanos. Listamos abaixo os quatro tipos de leilão que ajudam a acelerar todo esse processo:

Real-time bidding (RTB)

Publicidade programática: RTB

O real-time bidding (RTB), também conhecido como leilão aberto ou marketplace aberto, é o tipo de leilão mais comum – de fato, muitos profissionais de marketing pensam que ele é o único tipo que existe.

Com o RTB, o inventário fica disponível para todos e é atribuído à melhor oferta em tempo real. Os profissionais de marketing dão seus lances mais altos e definem um budget máximo para uma campanha de anúncios. O vencedor do leilão não precisa pagar o preço total da sua oferta, mas sim mais um centavo a mais do que o segundo lance mais alto. 


Prós do real-time bidding:

  • Fácil de configurar
  • O modelo de preços ajuda os profissionais de marketing a maximizar suas receitas sem pagar mais caro por taxas de mercado
  • Presença universal
  • Disponível para todos
  • Grande conjunto de inventários
  • Funciona rapidamente

Contras do real-time bidding:

  • Falta de transparência nas colocações
  • Normalmente reservado para grandes campanhas de topo de funil
  • Não há garantias de que os espaços de anúncio sejam preenchidos, porque é necessário ter um comprador a um determinado preço
  • A falta de controle e de visibilidade das colocações pode comprometer a segurança da marca

Marketplace privado (PMP)

O marketplace privado (PMP) combina a RTB com acordos diretos. Ele usa o método de leilão do RTB, mas opera em um leilão fechado, ficando disponível apenas para anunciantes selecionados. Os marketplaces privados oferecem a opção de pular o processo de ad exchange aberto, com condições pré-negociadas. 

Ao se conectar diretamente com o inventário de anúncios de um publisher, os compradores podem fazer lances em colocações com base em dados de audiências, tipo de conteúdo ou uma série de atributos de impressão diferentes que especificam quando e onde um anúncio é visto.

Prós dos PMPs:

  • Total controle sobre o inventário e o local onde seus anúncios são exibidos
  • Acesso a dados first-party premium
  • Colocações premium e exclusivas

Contras dos PMPs:

  • Os publishers não precisam garantir um determinado volume de impressões
  • Os anunciantes não são obrigados a comprar inventário
  • Esse modelo não é imune à fraude de anúncios

Programática garantida 

Com a programática garantida, também conhecida como programática direta, os anunciantes e os publishers negociam o inventário, preços, a audiência e o limite de frequência de forma individual. Embora não haja um leilão, o anúncio é executado de forma programática.

Essa é uma forma de comprar um número garantido de impressões em sites ou apps mobile específicos e tende a ser estruturada com um acordo de preço fixo em vez de um leilão. 

Este tipo de publicidade programática é mais comum nos formatos de visualização “premium”, como os takeovers de página inteira. Por ser tão caro, é usado quando os anunciantes precisam saber exatamente quem está vendo o seu anúncio, onde e em que contexto.

Prós da programática garantida:

  • A mais segura para marcas
  • O mais elevado nível de transparência
  • Oferta exclusiva não disponível para outras marcas ou concorrentes

Contras da programática garantida:

  • O processo de negociação pode ser longo
  • O inventário não está disponível para a maioria
  • Mais caro do que outros modelos

Compras pontuais e preferred deals

Publicidade programática: preferred deals

Com as compras pontuais, também conhecidas como preferred deals, os anunciantes são informados sobre o preço fixo de um inventário disponível em um marketplace privado antes que ele seja disponibilizado em um leilão aberto.

Prós dos preferred deals:

  • Receitas mais precisas
  • Menor risco de fraude de anúncios
  • Ter a garantia de um inventário de premium mais rapidamente é uma vantagem competitiva 

Contras dos preferred deals:

  • Podem exigir longas negociações
  • Os anunciantes podem desistir dos negócios e deixar um inventário de anúncios não comprado
  • Reservado para grandes publishers 

Serviços automáticos vs. administrados

Diferentes anunciantes têm diferentes objetivos, budgets e recursos, o que significa que não há um único tipo de leilão que funcione para todos. Aqueles que preferem uma abordagem hands-off e conseguem pagar por ela, podem preferir serviços administrados por agências que fazem todo o trabalho necessário. Já aqueles que querem ter mais controle e que possuem um orçamento menor, podem preferir realizar o processo internamente, usando um modelo automático. 

Capítulo 5 - Tendências e práticas recomendadas da publicidade programática para 2023
Capítulo 5

Tendências e práticas recomendadas para 2023

Embora os últimos anos tenham sido notoriamente imprevisíveis, algumas tendências claras estão surgindo. Vamos falar um pouco mais sobre elas.

Usuários que não usam serviços a cabo são muito valiosos

Há mais assinaturas de SVOD (subscription video on demand) nos EUA do que pessoas, e o número de usuários que cortam os serviços de televisão a cabo não para de aumentar. Os anunciantes estão sempre seguindo a atenção dos usuários. A adoção em massa de serviços de vídeo por assinatura criou um enorme inventário para a compra e venda programática de anúncios em vídeo.

Publicidade programática: usuários SVOD

Melhores experiências DOOH

Enquanto anteriormente se viam apenas anúncios estáticos nas rodovias, a tecnologia digital moderna do out-of-home (DOOH) oferece funcionalidades como analytics, delimitação geográfica, touch screens e realidade aumentada para criar experiências publicitárias mais relevantes e memoráveis. Isso explica a previsão de que os investimentos em DOOH chegarão a 17,77 mil milhões de dólares em 2023. A eMarketer prevê que mais de 1 em cada 4 dólares gastos em DOOH serão comprados e vendidos de forma programática. 

A ascensão dos robôs?

O lançamento do ChatGPT conquistou o mundo do marketing. Embora ele não vá causar a próxima revolução industrial, como alguns gurus do marketing podem afirmar, ele é certamente um marco importante para o avanço da tecnologia de IA. À medida que seu conjunto de dados continua a crescer, a IA se tornará cada vez mais inteligente na análise e combinação das audiências certas com os locais certos. 

A IA vai assumir o controle? Não, mas ela substituirá as tarefas redundantes e manuais que tornavam o processo de compra de mídias desnecessariamente lento e caro. 

Anúncios nativos contextuais

As alterações drásticas nas políticas de privacidade obrigarão os anunciantes a transferir seus budgets para anúncios contextuais. Esses anúncios são colocados com base no conteúdo das páginas, vídeos ou webpages e, agora que podem ser comprados de forma programática, podem ser adaptados ao usuário e à colocação em grande escala. 

Isso permite que os anunciantes também aproveitem os anúncios nativos contextuais, que são incorporados diretamente ao conteúdo dos websites sem atrapalhar a experiência dos usuários. Esses anúncios não requerem cookies ou dados de clientes, são totalmente compatíveis com a GDPR e proporcionam uma experiência muito melhor do que os tradicionais anúncios em banner. 

Práticas recomendadas para o sucesso programático

Invista em seus criativos

Conforme a publicidade contextual ocupa cada vez mais o centro das atenções, criativos relevantes se tornarão mais importantes do que nunca. O modelo programático permite que os anunciantes apresentem criativos dinâmicos e relevantes em tempo real – por exemplo, exibindo um anúncio do seu app de churrasco em áreas com previsão de clima ensolarado.

Misture e combine

Experimente diferentes combinações de opções de segmentação, como anúncios nativos com segmentação contextual. Mas, antes disso, certifique-se de que está mensurando as métricas certas em todas as suas campanhas.

Não seja um robô

Uma coisa é deixar que os seus anúncios sejam executados por robôs, outra é parecer um robô! A melhor forma de melhorar a performance dos anúncios é fazer pesquisas e se tornar um especialista em seu público-alvo. Vá além dos dados demográficos e veja o que seus usuários estão lendo, o que é relevante para eles e quais são seus medos.

Minimize a fraude de anúncios 

Ainda que o modelo programático tenha avançado muito, a fraude de anúncios ainda é uma das maiores ameaças para o seu sucesso. O relatório de mensuração de anúncios do eMarketer estima que a fraude custará aos anunciantes digitais entre 6,5 bilhões e 19 bilhões de dólares por ano. Tome as precauções necessárias, como trabalhar com uma MMP e empresas de verificação de anúncios, para garantir que você está recebendo pelo que pagou.

Publicidade programática - principais conclusões

Principais conclusões

Aí está – tudo o que você precisa saber sobre publicidade programática. Vamos terminar com um rápido resumo dos principais pontos deste guia: 

  • A publicidade programática é um processo automatizado de compra de mídias, que usa IA e machine learning para segmentar dados de audiências, identificar os posicionamentos mais estratégicos para os anúncios, realizar leilões e vender impressões de anúncios digitais em tempo real.
  • A publicidade programática se tornou universal por sua escala e eficiência, com um investimento de cerca de 99,43 bilhões de dólares com publicidade em 2022, e uma previsão de que esse número apenas continuará crescendo. Ela é usada em diversos canais, in- e out-of-home. 
  • A publicidade programática é um ecossistema complexo de players interligados que gerenciam o fluxo de dados e transações. Eles se dividem em três categorias: lado da compra, lado da venda e terceiros.
  • O real-time bidding (RTB), também conhecido como leilão aberto ou marketplace aberto, é o tipo de leilão programático mais comum. Ele é aberto a todos e a venda costuma ir para quem faz a melhor oferta. 
  • Para ter sucesso com a publicidade programática, invista em criativos, experimente diferentes opções de segmentação, faça uma análise da sua audiência e minimize a fraude de anúncios.

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Segmente. Conecte. Engaje: Crescimento lucrativo em apps com estratégias de aumento da receita  https://www.appsflyer.com/pt/resources/reports/revenue-boosting-strategies-playbook/ Tue, 22 Aug 2023 08:22:00 +0000 https://www.appsflyer.com/resources//segmente-conecte-engaje-crescimento-lucrativo-em-apps-com-estrategias-de-aumento-da-receita/ joint playbook: AppsFlyer & TikTok Best Practices - OG

Você já se perguntou sobre o que define uma ótima campanha mobile?  Em tempos econômicos desafiadores, a base para uma otimização bem-sucedida de campanhas é definida pelo acesso a uma mensuração completa. Mas as marcas que realmente nos inspiram vão além de apenas incentivar os usuários a instalarem seus aplicativos – elas priorizam o engajamento, […]

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joint playbook: AppsFlyer & TikTok Best Practices - OG
AF e TikTok logos

Você já se perguntou sobre o que define uma ótima campanha mobile? 

Em tempos econômicos desafiadores, a base para uma otimização bem-sucedida de campanhas é definida pelo acesso a uma mensuração completa. Mas as marcas que realmente nos inspiram vão além de apenas incentivar os usuários a instalarem seus aplicativos – elas priorizam o engajamento, focando especificamente nos usuários certos, e implementam estratégias sofisticadas de remarketing para que eles sempre voltem a usar o app.

Como elas fazem isso?

Nesse guia, AppsFlyer e TikTok se unem para compartilhar dicas práticas sobre como criar e executar campanhas de aquisição de usuários e remarketing de alta performance, que ajudarão você a impulsionar sua receita. Descubra soluções poderosas para segmentar, conectar e engajar seus usuários mobile mais lucrativos, impulsionando um crescimento rentável para o seu app. 

Conteúdo:

  • Como transformar desafios de marketing mobile em oportunidades 
  • Estratégias inovadoras da AppsFlyer e do TikTok para impulsionar o crescimento do seu app
  • Estudos de caso da Rappi, Burger King Brasil, Casas Bahia e Carrefour Brasil
  • Dicas úteis para preparar suas campanhas para o sucesso usando a integração AppsFlyer-TikTok 

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The state of eCommerce app marketing – edição de 2023 https://www.appsflyer.com/pt/resources/reports/shopping-app-marketing-trends/ Mon, 17 Jul 2023 22:00:00 +0000 https://www.appsflyer.com/resources//shopping-app-marketing-trends-2/ shopping app marketing trends - OG

Recessão econômica? Usuários e profissionais de marketing com orçamentos mais apertados? Novidades de privacidade que nunca acabam? Não faltam preocupações para os profissionais de marketing de eCommerce antes dos feriados de final de ano de 2023. Apesar da perspectiva de que não veremos uma recuperação econômica até o meio do próximo ano, os profissionais de […]

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shopping app marketing trends - OG

Recessão econômica? Usuários e profissionais de marketing com orçamentos mais apertados? Novidades de privacidade que nunca acabam? Não faltam preocupações para os profissionais de marketing de eCommerce antes dos feriados de final de ano de 2023.

Apesar da perspectiva de que não veremos uma recuperação econômica até o meio do próximo ano, os profissionais de marketing podem se sentir mais confiantes com as tendências de eCommerce de 2022, conforme eles se planejam para a temporada de festas de final de ano de 2023.

Agora, resta saber como a situação financeira afetará o consumidor e os gastos com anúncios durante o quarto trimestre. Confira nosso relatório de eCommerce de 2023 para se preparar para um final de ano que promete ser bastante agitado.

Conteúdo:

  • Contribuições de especialistas do CCC, TikTok e The Very Group
  • Tendências de instalação, remarketing e gasto do consumidor contemplando o período de janeiro de 2022 e março de 2023
  • Orçamentos de aquisição de usuários por país
  • Análises detalhadas e benchmarks de 20 mercados em todo o mundo
  • Insights práticos sobre como se preparar para um quarto trimestre extremamente competitivo

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Prepare-se para a era da CTV: guia completo para TV conectada https://www.appsflyer.com/pt/resources/guides/connected-tv/ Wed, 17 May 2023 20:20:40 +0000 https://www.appsflyer.com/resources//prepare-se-para-a-era-da-ctv-guia-completo-para-tv-conectada/ CTV domination: The complete guide to connected TV - featured

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CTV domination: The complete guide to connected TV - featured

Introdução

O apetite por conteúdos em vídeo interessantes e viciantes é um dos maiores fenômenos atuais da esfera da publicidade digital.

Essa é o principal motivo pelo qual os consumidores não ficaram tão felizes quando a Netflix anunciou que pretendia criar um plano com anúncios, mesmo que, em 2021, a HBO Max, Hulu, Paramount + e Peacock já tenham implementado modelos de assinatura com anúncios.

Com a nova tendência de corte das conexões a cabo, a TV conectada (CTV) está se tornando uma parte onipresente da vida cotidiana. De fato, 87% de todos os lares americanos possuem pelo menos um dispositivo CTV, o que representa um aumento drástico em comparação com os 38% registrados em 2012.

A CTV é amplamente usada por todas as faixas etárias, mas é mais popular entre os jovens de 18 a 34 anos. Por isso, esse público engajado oferece uma excelente oportunidade para os anunciantes.

Neste guia, vamos falar sobre tudo o que você precisa saber sobre o mundo da CTV. Não importa se você é um anunciante, fornecedor de serviços de streaming, um publisher (ou apenas um leitor curioso), você conseguirá entender o que é a TV conectada, como esse ecossistema funciona e como você pode ter sucesso na publicidade dentro desse sistema.

Vamos direto ao assunto.

Prepare-se para a era da CTV: Capítulo 1 - O que é TV conectada
Capítulo 1

O que é TV conectada?

A TV conectada, ou CTV, é um dispositivo de TV que se conecta à internet e permite que os usuários assistam conteúdos em vídeo.

Os dispositivos CTV incluem tudo, desde Smart TVs com Wi-Fi e streaming integrados até consoles de jogos como o Xbox ou o Playstation, além de dispositivos de streaming como Apple TV, Google Chromecast, Amazon Fire TV Stick e Roku.

Espera-se que os gastos com anúncios de CTV cresçam 33,1% e cheguem a US$ 18,9 bilhões nos EUA, com a expectativa de que a CTV domine mais de dois terços do mercado em termos de investimento inicial em vídeos digitais nos EUA até 2023.

Assim, apesar da previsão de que os orçamentos de anúncios na TV tradicional fosse de US$68 bilhões até o final de 2022, a diferença entre esses canais está diminuindo mais rápido do que nunca.

Qual é a diferença entre CTV e OTT?

Antes de nos aprofundarmos sobre a CTV, vamos esclarecer um erro comum de terminologia. Os profissionais de marketing muitas vezes (e incorretamente) usam CTV e OTT como sinônimos, mas os dois termos são muito diferentes. 

Ultrapassando os limites da TV a cabo tradicional, por satélite e por transmissão, os provedores over-the-top (OTTs) fornecem conteúdos de vídeo premium por meio de aplicativos e sites dedicados.

Em resumo, o conteúdo OTT pode ser assistido usando dispositivos CTV. Alguns dos serviços OTT mais populares incluem:

  1. Netflix
  2. Disney+
  3. Hulu
  4. ESPN+
  5. Amazon Prime Vídeo
  6. HBO Max
  7. AppleTV+
  8. CBS All Access
  9. YouTube TV
  10. Starz 
  11. Pluto TV
  12. Sling TV
  13. Tubi
  14. Fubo TV
  15. Peacock TV
  16. Vudu TV
  17. Crackle TV
  18. Kanopy TV

Como é o ecossistema de CTV?

Agora que você já sabe qual é a diferença entre CTV e OTT, vamos falar sobre seu ecossistema. Os dados são o centro de tudo, e as empresas de tecnologia estão lutando pelo valioso espaço de anúncios no ecossistema de CTV.

Os sistemas operacionais de TV que permitem o funcionamento do streaming coletam dados detalhados para os anunciantes, fazendo com que a produção de TVs seja secundária à adoção do sistema operacional. Ou seja, está gerando uma redução nos preços das TVs.

Embora a Samsung e a LG sejam o primeiro e o segundo maiores fabricantes de TVs, seus sistemas operacionais possuem apenas 14% e 7% de participação no mercado, respectivamente. Nos EUA, Roku e Amazon Fire TV juntos detêm os mesmos 60% de participação de mercado que todas as smart TVs combinadas — em um ambiente extremamente fragmentado. 

Isso gera uma corrida acirrada pelo aumento na adoção de sistemas operacionais em smart TVs, dispositivos de streaming e consoles de jogos. 

A Amazon tem sua linha Amazon Fire TV com Alexa, Fire OS e Prime Video incorporados, enquanto a LG, Samsung, Vizio e outros fabricantes de smart TV lutam pelo domínio em nossas casas.

A fragmentação da CTV – e como isso afeta os anunciantes

O ecossistema de CTV tem oito subsegmentos principais:

  1. As transmissoras fornecem conteúdo de streaming exclusivo (Hulu, Disney+, Netflix).
  2. Os dispositivos habilitados para CTV oferecem streaming de TV (Roku, Amazon Fire TV Stick).
  3. Os dispositivos de Smart TV têm recursos de streaming (Samsung TV, LG TV, TCL TV).
  4. As Mobile Measurement Partners (MMPs) mensuram com precisão a performance das campanhas nesse ambiente e combatem a fraude.
  5. As plataformas supply-side (SSPs) são soluções de software que gerenciam a troca de anúncios do lado do publisher — incluindo a venda de espaço de anúncios, otimização de negócios e mensuração da performance da campanha. 
  6. As plataformas demand-side (DSPs) são ferramentas programáticas que mediam compras de anúncios e fornecem inventário em uma única interface. DSPs também ajudam os anunciantes na compra de impressões de anúncios pelo menor CPM.
  7. Anunciantes compram anúncios.

Publishers e redes que vendem inventário de anúncios e incluem players de categorias acima, como fabricantes de dispositivos de smart TV (por exemplo, Samsung Ads, Vizio Ads) 

Cada fornecedor de inventário coleta dados de forma diferente, resultando em diferentes insights. Alguns provedores usam pixels, o que permite a maior precisão na mensuração e engajamento. 

Muitas vezes, as fontes de inventário operam em jardins murados (ou walled gardens), o que força os anunciantes a trabalhar diretamente com eles, além de fazer com que eles tenham que lidar com conjuntos de dados variados e limitados, e impedir que os dados em nível de usuário saiam de suas plataformas individuais.

O resultado? Um marketplace extremamente competitivo e fragmentado — que dificulta ainda mais para os anunciantes a mensuração precisa de campanhas em vários dispositivos e plataformas.

Prepare-se para a era da CTV: Capítulo 2 - Modelos de monetização de CTV e OTT
Capítulo 2

Modelos de monetização de CTV e OTT

Agora que sabemos como funcionam a CTV e a OTT, vamos falar sobre dinheiro. Existem quatro modelos principais de monetização que você deve conhecer.

1 – Subscription Video on Demand (SVOD)

O modelo mais utilizado, de Subscription Video on Demand, exige que os usuários paguem uma taxa de assinatura mensal ou anual para ter acesso ilimitado a conteúdos.

Esse é o modelo que a Netflix, Amazon Prime e Disney+ usam hoje, que exige que os provedores de OTT ofereçam conteúdos exclusivos atualizados regularmente — com o intuito de construir uma base fiel de usuários.

2 – Advertising-Based Video on Demand (AVOD)

Esse modelo usa anúncios posicionados estrategicamente antes, no meio e após a transmissão de um conteúdo. Os publishers também podem usar anúncios em banners, patrocínios e posicionamentos pagos para financiar seus negócios – em vez de depender de taxas de assinatura recorrentes. 

Xumo e Crackle são duas plataformas que atualmente usam o modelo AVOD . 

3 – Transactional Video on Demand (TVOD)

Esse novo modelo de monetização foca em gerar receita a partir de peças únicas de conteúdo, cobrando por um único episódio, filme ou evento pay-per-view. 

Em vez de depender da construção de uma audiência fidelizada e recorrente, o modelo TVOD se concentra em fornecer conteúdos premium e hiperexclusivos que não podem ser encontrados em nenhum outro lugar.

4 – Modelo híbrido

Serviços de streaming de todos os tipos e tamanhos estão testando inúmeros modelos de receita, e muitos estão optam por utilizar um modelo híbrido, que combina dois ou mais modelos de monetização. 

Por exemplo, o Hulu oferece um plano básico com anúncios, um plano sem anúncios e um pacote que vem com Disney +, ESPN + e TV ao vivo.

Atribuição e mensuração CTV-to-CTV

Atribuição CTV-to-CTV

Como discutimos anteriormente, a audiência nos dispositivos CTV está aumentando, o que faz com que esse canal seja a solução perfeita para a aquisição de usuários. O engajamento programático permite aplicações extremamente específicas de dados primários e third-party, possibilitando o alcance de grandes audiências.

A atribuição CTV-to-CTV é uma atribuição de um mesmo dispositivo e sistema operacional de anúncios de CTV que resultam em instalações de aplicativos de CTV. Recomendamos que você trabalhe com uma MMP que tenha integração direta com plataformas de CTV como Roku, Fire TV, Apple TV, Android TV, Chromecast, consoles de jogos e smart TVs — para garantir que você receberá métricas mais detalhadas, como LTV e metadados, para uma atribuição melhor.

É importante observar que cada plataforma de CTV tem seu próprio método para criar relatórios, e esses relatórios podem variar em termos de consistência, granularidade e nomenclatura dos dados. 

Por isso é fundamental ter uma parceria com uma MMP que forneça atribuição centralizada e imparcial dos dados de várias fontes de mídia, canais e dispositivos – consolidados em um único dashboard.

Prepare-se para a era da CTV: Capítulo 3 - Benefícios da TV conectada para anunciantes
Capítulo 3

Quais são as vantagens da TV conectada para os anunciantes?

Não há dúvidas de que o espaço da CTV está se expandindo mais rápido do que nunca. Embora o mercado esteja caminhando para uma maior maturidade, ainda há um enorme espaço para o crescimento. Aqui estão algumas das principais vantagens que a CTV apresenta para os anunciantes:

Segmentação exclusiva

Ao contrário da TV tradicional, a CTV permite que os anunciantes alcancem audiências de acordo com seus dados demográficos, interesses, contexto, hora do dia, dispositivo e localização geográfica.

Em comparação, a televisão tradicional sempre dependeu de estimativas de terceiros, como Comscore e Nielsen, que às vezes não eram confiáveis e, na melhor das hipóteses, ofereciam apenas uma suposição informada.

Com a ascensão meteórica do consumo de conteúdos de OTT, as audiências conquistadas na CTV são extremamente engajadas, o que aumenta o seu valor para os anunciantes. Por isso, a segmentação inteligente é a chave para o sucesso nesse meio.

Segurança de marca

Os anunciantes têm muito mais controle sobre onde seus anúncios estão sendo exibidos — em grande escala. A combinação de um engajamento mais específico com sistemas de compras de anúncios aprimorados permite que os anunciantes mostrem seus anúncios no lugar certo e na hora certa, minimizando qualquer possibilidade de contratempos ou exibição de anúncios irrelevantes

Mensuração e engajamento entre dispositivos

A CTV permite que os anunciantes mensurem a performance das suas campanhas de anúncios em vários dispositivos com base na riqueza dos dados coletados. Com os dados entre dispositivos, eles podem mensurar o ROAS, entender o que funciona em suas estratégias, otimizando campanhas futuras com base em lições aprendidas com erros e acertos do passado.

Os anunciantes também podem criar experiências contextuais para os clientes usando a tecnologia de deep linking . Ao usar links e QR codes que se baseiam em deep links, as empresas podem executar campanhas de aplicativos mobile na CTV que levam os usuários diretamente para o conteúdo certo em seus aplicativos. 

Elaborar jornadas simples e fáceis usando deep links é um processo que gera caminhos eficazes e relativamente diretos, fazendo com que os clientes se sintam satisfeitos e impulsionando a receita e o retorno sobre a experiência (ROX).

Como funciona a atribuição CTV-to-mobile

Um fluxo entre dispositivos bastante interessante é o CTV-to-mobile, no qual os profissionais de marketing de aplicativos mobile compram mídias na CTV para impulsionar o crescimento e o engajamento de seus aplicativos mobile.

Não importa se a integração é feita via SDK ou API, as MMPs garantem que as instalações de aplicativos e os eventos pós-instalação sejam mensurados com precisão. 

Por exemplo, com a atribuição CTV-to-mobile, os profissionais de marketing conseguem entender que um aplicativo mobile instalado após a visualização de um anúncio em um dispositivo CTV deve ser atribuído à CTV.

A principal armadilha da CTV: falsificação e fraude de anúncios

Fraude de anúncios de CTV

Com 60% dos anunciantes nos EUA migrando da TV tradicional para a CTV e OTT, o crescimento explosivo desse novo canal fez com que ele se tornasse um dos principais alvos dos fraudadores. A falta de regulamentação e de redes de segurança criou uma oportunidade para a atuação de operações de fraude de anúncios como o Octobot, SneakTerra e Smokescreen, que desviaram cerca de US$6 milhões por mês.

A fraude possui três formas distintas:

  1. Falsificação de dispositivo: os fraudadores imitam outro sistema de computador (tráfego de bot não humano).
  2. Falsificação de dispositivos múltiplos: os fraudadores fingem que estão assistindo conteúdos em vários dispositivos.
  3. Hacking de SDK: os fraudadores interceptam a comunicação do SDK e a injetam com instalações, compras e cliques falsos.

Não se preocupe, nós aprendemos muitas lições difíceis com esses esquemas de fraude – por isso, vamos mostrar algumas das estratégias que você pode adotar para preveni-los:

Como acabar com a fraude de anúncios de CTV

1 – Defina condições claras para seus parceiros de inventário. Trabalhe apenas com provedores de CTV confiáveis com recursos de mensuração de campanha transparentes e acessíveis (como o rastreamento de pixel).

2 – Trabalhe com uma MMP confiável para garantir a precisão dos seus dados, a identificação em tempo real de atividades fraudulentas e a proteção completa da privacidade de seus usuários. 

3 – Analise cuidadosamente seus números e faça as perguntas certas para descobrir padrões anormais de comportamento: Essas instalações correspondem aos hábitos de visualização nessa área geográfica ou nessa plataforma? Os usuários desinstalaram o aplicativo imediatamente após baixá-lo? Existem picos de atividade incomuns que parecem estranhos?

Estratégia de monetização de CTV – práticas recomendadas

Estratégia de monetização de CTV - práticas recomendadas

Agora, vamos explicar como você pode criar uma estratégia para mensurar a eficácia das suas campanhas de CTV:

Etapa 1: estude seus dados

Pontos de audiência bruta, (do inglês Gross Rating Points, ou GRP) são uma métrica amplamente usada para mensurar a eficácia das compras tradicionais de anúncios na TV, em que os anunciantes pagam aos publishers com base em seus respectivos pontos de audiência para aquele anúncio.

No entanto, essa não é uma métrica que extrai o máximo dos dados comportamentais da sua audiência de CTV. Então, aqui estão algumas maneiras de mensurar a eficácia da sua campanha:

  1. Atribuição de visita ao site pós-visualização: usuários que visitam seu site depois de assistir a um anúncio na CTV.
  2. Atribuição de compra online: o usuário que visualizou alguns anúncios e fez uma compra em seu site ou através da CTV após assistir a um anúncio.
  3. Conversões pós-visualização: usuários que instalaram seu aplicativo mobile e fizeram uma compra no aplicativo depois de ver um anúncio na CTV.
  4. Atribuição do fluxo de clientes: engajamentos omnichannel e compras feitas após a visualização de um anúncio.
  5. Rastreamento de conversão offline: mensuração de quantas vezes um usuário assistiu a um anúncio antes de fazer uma compra.
  6. Brand lift / reconhecimento da marca: seu posicionamento no mercado, mensurado pelo quanto as pessoas se lembram se engajam com sua marca depois de visualizar um anúncio de CTV.

Lembre-se de que coletar dados associados a essas ações nem sempre é um processo simples. Por isso, é fundamental encontrar uma boa parceira de mensuração que faça isso por você.

Etapa 2: concentre-se na sua audiência

Aproveite o poder do digital e identifique suas audiências mais lucrativas. Um ótimo lugar para começar é usar suas listas de audiências atuais para criar audiências lookalike. Feito isso, faça uma análise detalhada de seus dados thrid-party, como interesses, dados demográficos, dispositivos e localização geográfica dos usuários.

Quanto maior o nível de granularidade, mais você poderá expandir seu alcance para enviar mensagens relevantes aos seus usuários, impulsionando campanhas de CTV com mais conversões.

Etapa 3: mensure, avalie e repita

Os princípios de uma campanha de CTV bem-sucedida são os mesmos para todas as outras campanhas de publicidade digital. Certifique-se de estar sempre mensurando, avaliando e repetindo esse ciclo, e acesse insights sobre suas audiências e dados coletados para otimizar continuamente suas campanhas. 

Para garantir que você faça isso corretamente, considere usar uma MMP que ajude a resolver problemas de desduplicação, sinalizar fraudes de anúncios e mensurar com precisão sua atribuição.

Prepare-se para a era da CTV: principais conclusões

Principais conclusões

Principais conclusões

  • OTT e CTV não são a mesma coisa. O conteúdo OTT é visualizado através de dispositivos CTV.
  • Em 2012, apenas 38% dos lares americanos possuíam um dispositivo CTV. Já em 2022, 87% das famílias passaram a ter pelo menos um dispositivo CTV em casa.
  • O investimento em anúncios de CTV está crescendo graças às suas audiências exclusivas e recursos de mensuração em plataformas altamente engajadas.
  • Encontrar parceiros de publicidade transparentes e usar uma MMP são as formas mais eficazes de combater a fraude de anúncios e, como consequência, catapultar a performance dos seus anúncios de CTV.

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The state of mobile app fraud  – edição de 2023 https://www.appsflyer.com/pt/resources/reports/mobile-app-fraud/ Tue, 04 Apr 2023 14:03:51 +0000 https://www.appsflyer.com/?post_type=resource&p=283979 State of Fraud 2023  - og

A fraude de instalação é uma das maiores ameaças do ecossistema mobile – uma presença maligna que está sempre oculta, drenando seu budget. Mas a atenção, vigilância e a proteção certas podem impulsionar o seu sucesso na luta contra a fraude – que teve um crescimento de mais de 40% durante o segundo semestre de […]

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State of Fraud 2023  - og

A fraude de instalação é uma das maiores ameaças do ecossistema mobile – uma presença maligna que está sempre oculta, drenando seu budget.

Mas a atenção, vigilância e a proteção certas podem impulsionar o seu sucesso na luta contra a fraude – que teve um crescimento de mais de 40% durante o segundo semestre de 2022. Para oferecer um panorama completo dessa ameaça, nosso relatório de State of Mobile App Fraud analisa 22 bilhões de instalações, oferecendo uma visão detalhada das principais tendências que moldaram 2022 e o início de 2023.

Conteúdo:

  • Tendências de fraude de instalação de apps por plataforma, categoria e país
  • Exposição financeira à fraude por região e categoria
  • Distribuição de tipos de fraude de instalação por região, categoria e plataforma
  • Tendências de fraude de pós-atribuição por plataforma e vertical
  • Benchmarks de fraude de instalação de apps para 2023 em +120 mercados e +30 verticais

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